Início Economia Refinaria de Cabinda: Uma prioridade do Governo que vai gerar empregos e reduzir dependência do país  

Refinaria de Cabinda: Uma prioridade do Governo que vai gerar empregos e reduzir dependência do país  

por Redação

Refinaria de Cabinda, uma das prioridades do Executivo angolano, poderá gerar mais de dois mil empregos nas áreas de construção, engenharia, logística, segurança e administração e será também mais valia para a comunidade do Malembo, localidade em que está localizada

O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, reafirmou que o Executivo continua empenhado no processo de construção da Refinaria de Cabinda, para que possa entrar imediatamente em operacionalização.  

Diamantino Azevedo pontualizou que os atrasos verificados, que levaram ao adiamento da entrada em funcionamento da primeira fase da Refinaria, têm a ver com aspectos relacionados com as variações na economia, tanto a nível nacional como a nível mundial, situação agravada pelo impacto da Covid-19.

“Há um atraso no seu curso, mas o Executivo está bastante empenhado, com o parceiro privado que está a desenvolver a refinaria, para que a mesma entre em operação este ano”, referiu o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, que contextualizou recentemente o ambiente à volta da implementação das obras de construção da Refinaria de Cabinda, no discurso proferido em observação à cerimonia de cumprimentos de fim-de-ano.

Segundo o governante, “temos que continuar com a construção da Refinaria de Cabinda, que está relativamente atrasada. Mas é preciso ter em conta que o atraso deveu-se a aspectos da economia nacional e mundial, bem como teve a ver com o impacto da pandemia da Covid-19, a guerra na Ucrânia, entre outros factores”.

Assim sendo, o Governo continua a desenvolver, igualmente, com o parceiro privado, todo o processo de concepção da Refinaria do Soyo, tendo, da mesma forma, a Sonangol reactivado a construção da Refinaria do Lobito. “São esses projectos que vamos continuar a desenvolver neste mandato, para que o país tenha capacidade suficiente, em termos de refinação, para exportar produtos derivados do petróleo”, disse o ministro.

Diamantino Azevedo referiu, ainda, que a Sonangol e os parceiros privados foram encarregados de estudar a possibilidade de construção de polos petroquímicos adjacentes a essas refinarias. Esse trabalho, explicou, “está em curso e espera-se que os estudos nos indiquem se são exequíveis e se podemos obter polos petroquímicos junto destes complexos de refinação”.

A Refinaria de Cabinda está avaliada em mil milhões de dólares e terá uma capacidade instalada para processamento de 60 mil barris por dia, depois de concluídas as suas três fases de implementação.  


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Na primeira fase contará com uma unidade de destilação de petróleo bruto, de 30 mil barris de petróleo por dia, uma unidade de dessalinização, outra unidade de tratamento de querosene, oleodutos e um terminal de armazenamento de mais de 1,2 milhões de barris de petróleo bruto.

Na segunda e terceira fases acrescentam-se mais 30 mil barris por dia à capacidade de processamento de petróleo bruto, assim como unidades de reformação catalítica, hidrotratamento e craqueamento catalítico, que devem transformar a Refinaria numa infra-estrutura de conversão total. Depois de implementada na totalidade e de completamente operacional, a Refinaria de Cabinda vai produzir gasolina, gasóleo, GPL (gás liquifeito), óleo, combustível, Jet A1 e querosene.

Recorde-se que a infra-estrutura, que está a ser construída pela empresa Gemcorp, na planície de Malembo, 30 quilómetros a norte da cidade de Cabinda, prevê gerar mais de dois mil empregos directos e indirectos para a referida comunidade e não só.

A Gemcorp, é um grupo de comércio e investimento em mercados emergentes, que através da Sonangol tomou a decisão final de proceder o investimento para a construção da refinaria de Cabinda, usando para o efeito a mais recente tecnologia norte-americana no desenho, operação e desenvolvimento, em 3 fases, como já foi descrito.

A decisão de se investir na construção da refinaria de Cabinda visa o cumprimento de um dos objectivos estratégicos do Governo Angolano, de aumentar a capacidade de processamento de petróleo bruto a nível nacional e uma redução considerável da dependência do país na importação de produtos refinados, conforme previsto no Plano de Desenvolvimento Nacional.

                                                                                                                                                  (J24 Horas)


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