Mauro de Carvalho Frederico, funcionário do departamento de Dívidas Públicas do Ministério das Finanças (MINFIN) é acusado de liderar uma gangue, composta por funcionários do MINFIN, entre outros, que ao longo dos tempos inviabilizam e/ou atrasam, propositadamente, os processos que decorrem os seus trâmites legais no referido departamento de Dívidas Públicas para tirar proveito deles
A gangue, sob orientação de Mauro de Carvalho Frederico, tem como “modus operandis” entrar em contacto com os potenciais devedores, geralmente via telefone, descrevem-lhes cenários desabonatórios e prejudicias aos mesmos, criando um ambiente de pânico, para de seguida, em jeito de “ajudar”, propor –lhes que passem uma procuração a seu favor, autorizando-os a assumir todas e quaisquer questões relativas às dívidas e, em troca do serviço, cobrando de 25 a 30 % do valor da dívida em causa.
Dessa forma, criando entraves e chantageando, enchem cada vez mais os bolsos, enriquecem de forma ilícita, enganam o Estado e causam enormes prejuízos aos devedores, sejam eles pessoas individuais, colectivas ou empresas, afundam negócios, inviabilizam projectos e contribuem para o desemprego e a desgraça de muitas famílias.
Os tentáculos dessa rede estendem-se por todo país e os devedores, visto que grande parte deles, senão mesmo todos, há muito que aguardam pela resolução do problema e o respectivo pagamento da dívida anteriormente contraída ao Estado, mas que infelizmente tem sido, de forma calculada e propositada, complicada por Mauro Frederico e sua gangue.
Face aos constrangimentos resultantes de tudo isso, foram contraindo outras dívidas e, como se não bastasse, na ânsia de se livrarem do problema, ainda são obrigados a ceder à chantagem dos embusteiros Mauro de Carvalho Frederico e comparsas, pois estes garantem que só entrando num acordo com eles verão a sua questão solucionada.
De acordo com fonte bem informada, o Serviços de Investigação Criminal (SIC), assim como a Inspecção Geral do Estado (IGAE), já foram accionados afim de desmantelar a tal rede de crime organizado que impera nos gabinetes do Ministério das Finanças.
O Jornal 24 Horas online teve acesso, e publica em anexo, a uma das muitas procurações passadas em nome do líder da gangue, que o indicam, com plenos e especiais poderes, como representante legal para assuntos da cobrança da dívida pública.
Como se tem dito, indivíduos que, durante décadas, delapidaram o erário público em proveito próprio e mergulharam o país na desgraça e miséria, assim como os que ainda nos dias actuais continuam com as mesmas práticas, caso do Mauro de Carvalho Frederico e seus comparsas, têm inovado nas suas estratégias para continuar a usufruir livremente o produto dos seus crimes, enganando as autoridades e o Estado em geral, furtando-se às acusações e continuando impunes.
Para tal, esse bando de larápios nas vestes de funcionários públicos, entre outros dirigentes, não se cansam de inovar nas suas tácticas para prejudicar o Estado e o povo angolano.
O assunto aqui descrito é mais uma forma, entre as muitas que são usadas, para enganar tudo e todos, que vão persistindo, num autêntico desrespeito ao Presidente da República, às suas orientações e ao Estado angolano.
Mauro de Carvalho Frederico e sua gangue têm que ser presos imediatamente, para se começar a ter melhor controlo da situação e dar um basta a estes hediondos crimes!
(J24 Horas)