A disputa sobre as propriedades da igreja Universal do Reino de Deus (IURD), nomeadamente os templos, vão acabar com a sua entrega oficial por ordem do Tribunal aos legítimos proprietários que agora poderão reabri-los legalmente e recomeçar, na íntegra, as suas actividades
O Tribunal Provincial de Luanda, depois do julgamento a favor da ala brasileira da igreja, ordenou o descongelamento de todos os seus bens. Porém, o Instituto Nacional para os Assuntos Religiosos (INAR), entidade que é igualmente fiel depositária dos templos que estavam apreendidos por ordem da Procuradoria-Geral da República (PGR), entendeu, contra a ordem do tribunal, entregar os templos à dita direcção alegadamente “legitimada pelo Governo”, ou seja, a ala dissidente ou rebelde.
Entretanto, o director-geral adjunto do Instituto Nacional para os Assuntos Religiosos (INAR), Ambrósio Micolo, reconheceu que o tribunal decidiu devolver o património que estava sob arresto à igreja mas disse que “é preciso que o tribunal notifique o INAR para que este seja autorizado a fazer a entrega e possa autorizar a reabertura dos templos”.
Apesar das suas palavras, o INAR sempre foi apontado como parcial, favorecendo os dissidentes e contrariando a decisão saída do julgamento, que é de cumprimento obrigatório.
Após julgamento pelo tribunal de Luanda, a Igreja Universal do Reino de Deus foi absolvida dos crimes de que era acusada. A Justiça decidiu que os integrantes da igreja não cometeram associação criminosa, lavagem de dinheiro, nem evasão de divisas.
A Justiça venceu e o Tribunal fez com que a lei se respeite e se cumpra seja por quem for. Os templos vão reabrir dentro da legalidade, para alegria de milhares de fiéis espalhados por todo país que, durante muito tempo, estavam impedidos de cultuar e tinham os seus direitos coartados.
Os obreiros e fiéis da IURD elogiam o Tribunal pela isenção, imparcialidade e sentido de justiça com que julgaram o caso e agradecem a Deus que nunca abandona os seus filhos, porque o Senhor é o Deus da Verdade e da Justiça e o Bem triunfa sempre sobre o Mal.
Recorde-se que, no dia 31 de Março do corrente ano, a Justiça angolana condenou o bispo brasileiro Honorilton Gonçalves, a três anos de prisão com pena suspensa mas inocentou-o e a outros três réus, de acusações de lavagem de dinheiro, associação criminosa e evasão de divisas.
O juiz Tutri António, da 4ª. Secção de Crimes Comuns do Tribunal de Luanda, determinou que os templos, o patrimônio e as contas bancárias bloqueadas da igreja deverão ser devolvidos à sua legítima direcção que não é a dos dissidentes.
Ter-se-á chegado ao fim da “novela” IURD? Que assim seja, para alegria de todos angolanos de bem e fiéis da Igreja. SP