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Director do gabinete jurídico do Jornal de Angola expulso por não pactuar com acções criminosas

por Redação

Gabriel Bunga, então director do gabinete jurídico, foi exonerado via telefone e proibido de entrar nas instalações do Jornal de Angola, por não concordar e pactuar com procedimentos ilícitos praticados pelo administrador financeiro das Edições Novembro

Domingos Kinguari

O presidente do Conselho de Administração das Edições Novembro, que é também o director-geral do Jornal de Angola, Drumond Mafuta Jaime, expulsou e proibiu a entrada naquela instituição pública do jornalista e membro do Comité Central do MPLA, Gabriel Bunga.

A informação foi prestada ao Jornal 24 horas online, por uma fonte ligada ao MPLA, referindo que Drumond Jaime ligou para o jornalista Gabriel Bunga para lhe comunicar que estava exonerado das funções que exercia no gabinete jurídico daquele órgão de informação, e que também estava proibido de lá entrar.

A fonte esclarece que Gabriel Bunga era o director do gabinete jurídico e não pactuava com a realização de contratos dolosos que apenas beneficiam o administrador financeiro, Gilson Carmelino, que muitas vezes exige que os trabalhadores com contencioso administrativo sejam expulsos, enquanto que a lei aconselha outras variantes como a admoestação, que não têm sido observadas pelo citado responsável que, de forma arrogante tem ignorado a lei.

 O ora exonerado director do gabinete jurídico, é também membro do Comité Central do MPLA e, segundo a fonte, fora chamado pelo PCA do Jornal de Angola, Drumond Jaime, para  esclarecer alguns processos disciplinares, que na óptica daquele responsável estavam mal elaborados, mas deu conta que o administrador financeiro alterava os artigos e as molduras legais, ou seja, rasurava as normas, que é uma acção criminal passível de pena de prisão.

O administrador financeiro Gilson Carmelino faz-se passar como agente do SINSE para ocultar a sacanagem que tem efectuado, mas apurou-se que o mesmo nunca fez parte e nunca passou por aquela organização do Estado. Obriga a que os documentos daquela instituição, antes de irem para o gabinete do PCA, devem passar pela sua mesa onde altera sempre o conteúdo.

A fonte revela ainda que o director do gabinete jurídico já reclamou muitas vezes ao PCA, Drumond Jaime,  da interferência do financeiro no trabalho daquela secção. Revoltado com a queixa de Gabriel Bunga, Gilson Carmelino induziu Drumond Jaime para ligar ao membro do Comité Central e exonerá-lo via telefone e proibi-lo de entrar nas instalações daquele órgão.

Gabriel Bunga foi exonerado em Janeiro último e encontra-se em casa sem trabalhar; o administrador financeiro orientou aos guardas para não o deixarem entrar na empresa e se assim acontecer o chefe da segurança vai ser expulso. Para além de não entrar na empresa, não está a receber os seus ordenados desde a sua exoneração e os filhos deixaram de ir à escola.

De acordo com a mesma fonte, Gabriel Bunga está no Jornal de Angola desde 2010 como jornalista. Gilson Carmelino tem alterado vários contratos em seu benefício e não dá cavaco aos restantes administradores que considera como “coitados”, que dependem dele para obterem cartões de compras, assim como todas as áreas das Edições Novembro dependem do administrador financeiro.

A fonte do Comité Central do MPLA afirma que Gilson Carmelino é o verdadeiro “boss” do Jornal de Angola, que passa a vida toda a assediar as trabalhadoras que estão ligadas à área financeira e troca de sector aquelas que se negam a sair com ele. O comportamento de Gilson Carmelino está a agastar as trabalhadoras que querem agredi-lo por estar assédio constante e por mais que clamem nada lhe acontece. O assunto é do domínio do PCA que não o aconselha nem adverte, fazendo de contas que nada se passa.

Para além da prática de assédio sexual, o mesmo é considerado como mal educado, não tem os bons princípios de uma pessoa de carácter, ofende por tudo e por nada os seus colaboradores directos que já descobriram a sua “mão leve” em mexer nos bens públicos. 

O administrador financeiro, com anuência do PCA, nomeou sobrinhos e primos para lugares de pouca visibilidade para as pessoas não darem conta da situação. A fonte revelou também que o administrador financeiro é quem manda exonerar todos os chefes e quem se opor é expulso, porque intimida fazendo-se passar por elemento do SINSE.

Apurou-se que os processos dos contratos jurídicos são feitos por um escritório de advogados do seu irmão mais novo a quem paga por estas práticas criminosas com dinheiro do Jornal de Angola, deixando os jurista do órgão sem trabalho. O sector de venda de fotografias era feita por uma empresa, sem qualquer justificação, desfez o acordo e assinou com uma nova empresa de que ninguém conhece o endereço.

Este jornal contactou na última quarta-feira (27), o PCA das Edições Novembro, Drumond Mafuta Jaime e o administrador financeiro, Gilson Carmelino, mas fomos informados de que os mesmos não estavam na empresa.                

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