O natal solidário das crianças vulneráveis ao VIH e Sida em Angola está comprometido por falta de apoios.
António André
A informação foi prestada ao portal de notícias Jornal 24 Horas, pelo coordenador da Rede Angolana das Organizações de Serviço de Sida, (Anaso), António Coelho, que afirma, “este ano as crianças vulneráveis ao VIH e Sida em Angola estão a ter um natal solidário limitado por falta de apoios”, disse.
Acrescenta que, “os mais velhos, esqueceram -se das crianças neste momento importante das suas vidas em que precisam do nosso apoio e solidariedade. O momento de apoiar as crianças é agora, porque é nesse período que elas mais precisam do nosso amor e solidariedade”, enfatiza.
António Coelho, advoga que, das cerca de quinhentos petizes que normalmente participam do natal solidário realizado pela Anaso e seus parceiros, este ano, apenas cerca de cinquenta crianças vão participar no dia 24 do corrente mês, e receber brinquedos e cestas básicas, num ambiente de confraternização para acabar com as desigualdades.
Justifica que, apesar da Anaso ter realizado uma grande campanha de mobilização de recursos, os apoios foram muito limitados, o que demonstra que as pessoas estão cada vez menos solidárias e comprometidas com a causa.
Os padrinhos e madrinhas destas crianças que tradicionalmente apoiam, não reagiram, abandonando os seus afilhados nesse momento de natal em que todos somos chamados a fazer um gesto a favor da vida.
Refere que, apesar de serem prioridade absoluta, as crianças continuam esquecidas e o futuro do país ameaçado. “Temos de fazer mais e melhor pelas crianças, independentemente da sua condição serológica. As crianças precisam nesta altura do campeonato de mais atenção e carinho para continuarem a viver com saúde e amor”, lembra.
Esclarece que, a organização que dirige precisa de muita ajuda para essas crianças e solidariedade. “Contínua a falta de meios como brinquedos, cestas básicas, fardos, etc. O momento de ajudar é agora, porque as crianças precisam”, alerta António Coelho.