Início Política Antigos soldados das FAPLA podem receber subsídios de sobrevivência

Antigos soldados das FAPLA podem receber subsídios de sobrevivência

por Redação

O Comandante em Chefe das Forças Armadas Angolanas deve também prestar maior atenção aos soldados e sargentos das ex-FAPLA’s que nunca tiveram uma atenção especial, só olham para os oficiais generais, mas um general sem soldados não é general

Mil e quinhentos ex-militares afectos à Associação de Apoio aos Combatentes das ex- FAPLA, estão a beneficiar do sistema integrado de reinserção social que os vai habilitar a receber alguns apoios de primeiras necessidade. 

A informação foi prestada à imprensa pela administradora do distrito urbano do Rangel, Nádia de Sousa, dizendo que este sistema terá como objectivo cadastrar todas as pessoas em situação de vulnerabilidade para se poder fazer um melhor acompanhamento a nível dos municípios.

A administradora referiu que este sistema de gestão e controlo é gerido na administração, que é o dono do projecto, e tem como fim a municipalização da acção social que é um novo paradigma de acompanhamento das famílias. «Os cidadãos, devem apresentar os seus problemas nos seus respectivos municípios para terem o melhor acompanhamento e evitar que aquele que reside no município do Kilamba Kiaxi (por exemplo), venha até ao Ministério da Acção Social e Promoção da Mulher», enfatizou.

Nádia de Sousa considera que a «administração tem prestado o seu apoio institucional à Ascofa que tem sido o nosso parceiro social, muito fundamental naquilo que são as acções sociais que acontecem no nosso distrito urbano», referiu.

Como principais problemas que os ex- militares apresentam, segundo a administradora do Rangel, «eles precisam de ser assistidos, quer de forma médica e alimentar, mas para colmatar isto eles precisam dos seus subsídios para poderem ter uma vida digna, eles precisam de um apoio institucional e com este cadastramento já vai acontecer», disse.

O antigo militar Luís Kicuma notou que «estão a fazer bem e queremos que as coisas melhorem. Desde que fomos desmobilizados em 1992 nunca beneficiamos de nada por parte do Executivo; o Comandante em Chefe das Forças Armadas Angolanas deve também prestar uma maior atenção aos soldados e sargentos das ex-FAPLA’s que nunca tiveram uma atenção especial, só olham para os oficiais generais, mas um general sem soldados não é general, por isso pedimos que desta vez seja diferente porque todos participamos nas mesmas batalhas», frisou. 

Por sua vez, Caetano Marcolino referiu que «o sistema integrado de reinserção social visa única e simplesmente o cadastramento de todo o cidadão que vive em situação vulnerável. Nós os ex- militares beneficiamos deste cadastramento para identificarmos junto deste sistema os ex- militares que estão em condições vulneráveis para os possíveis apoios sociais. Aqueles cidadão que necessitam de apoio financeiro, os deficientes físicos, que precisam de uma canadiana, cadeiras de rodas, estão salvaguardados».

Avançou ainda que «os filhos dos ex- militares que precisam de entrar no sistema de ensino, as viúvas de guerra que não estão na Caixa de Protecção e Reinserção Social das Forças Armadas Angolanas, são o grupo alvo, assim como os que estão em situação de falta de apoio da cesta básica. Com este sistema eles encontram a sua protecção social com base neste registo, o sistema integrado de reinserção social não começa apenas na Ascofa, ele está em todo o país e já passou pela brigada 101 da Funda, em Luanda», lembrou.  DK

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