O segundo congresso do Partido Democrático Para o Progresso de Aliança Nacional Angolana (PDP-ANA), que estava previsto para os dias 28 e 29 de Novembro, não aconteceu por motivos financeiros. Agora, que já se encontra ultrapassada esta situação, aprazou-se para os dias 9 e 10 do mês em curso, respectivamente quinta-feira e sexta-feira, em Luanda
Domingos Kinguari
A informação foi prestada ao Jornal 24 Horas online, por uma fonte ligada à Comissão Preparatória do Congresso, justificando que as verbas para a realização do segundo congresso do partido fundado por Mfulumpinga Landu Victor não foi entregue a tempo pelo Banco de Poupança e Crédito. «Este foi o principal motivo do adiamento, mas agora podemos assegurar que foi marcado um novo prazo que vai de 9 a 10 de Dezembro e já não terá nenhum adiamento, as verbas já foram canalizadas para as principais actividades», garantiu.
A fonte volta a lamentar o papel do presidente cessante, Simão Makazu, que ficou à frente do PDP-ANA durante seis anos e não conseguiu manter o partido estável. «Causou a fuga de militantes para outras organizações e ao longo destes anos ficamos na letargia, isto nunca foi a nossa sina, Simão Makazu tentou a todo custo influenciar o presidente da CASA-CE, coligação a que pertencemos, para que as verbas para a realização do congresso fossem depositadas numa conta privada, gerida por ele e pelo seu ‘cipaio’ identificado apenas por Pires. Manuel Fernandes, conhecendo a péssima gestão do presidente cessante não caiu na sua conversa e instou os concorrentes a entregarem as suas contas bancarias em que foram depositadas as verbas para as campanhas», explicou a fonte.
A mesma assegura que, «não satisfeito, Simão Makazu tentou engendrar uma outra burla com a realização de uma reunião do bureau político, que já aconteceu há bastante tempo, mas a comissão preparatória rejeitou esta prática que está fora dos estatutos. Simão Makazu desconhece os estatutos da organização e quer fazer dela o seu ‘Cafunfo’ para obter dinheiro e pagar as suas enormes dívidas, contraídas para satisfazer os seus vícios», reiterou.
Continuando, declarou que «os delegados das dezoitos províncias estão cansados com as mentiras do presidente cessante, que nunca visitou as províncias, nem nunca os apoiou com alguma verba, embora agora ele está a pagar a alguns delegados para votarem nele, mas todos os militantes estão determinados a não reconduzirem um mau gesto que se beneficia das verbas do partido para si e a sua camarilha. A intenção de Simão Makazu era que as verbas da campanha eleitoral dos candidatos fossem parar nas suas mãos, para que ele entregasse a cada concorrente apenas cinquenta mil Kwanzas na condição de que ele seja reconduzido novamente, o que acabaria por exterminar o PDP-ANA», alertou.
Dívidas de Makazu podem resultar em manifestação durante o congresso
Contactado via telefone no final de semana, bem como na última segunda-feira (06), para que se explicasse acerca das acusações graves que pesam contra si, infelizmente o seu terminal está fora de área. Na sequência, fomos informados que, em função dos vários ‘kilapis’ (dívidas), contraidas a muita gente, Makazu trocou o terminal telefónico para não ser incomodado e ninguém conhece o novo contacto.
Na sede do PDP-ANA, na última segunda-feira (06), fomos informados por algumas senhoras, que Simão Makazu lhes deve dinheiro avaliado em mais de oitocentos mil Kwanzas que deveriam ser pagos com juros, mas anda a fugir.
Assim sendo, as mesmas prometem manifestar-se no dia do congresso, com cartazes chamando vários nomes ao presidente cessante. Alguns membros da comissão preparatória do congresso, contactados por nós, disseram apenas que esta situação não tem nada a ver com o partido, «é um acto criado por ele», afirmam.