O Executivo tem dedicado especial atenção ao sector da Energia e Águas, uma vez que o desenvolvimento do país depende, em grande medida, da oferta desses dois recursos.
A Energia e as Águas são dos mais importantes sectores de Angola e de acordo com os objectivos globais da Estratégia Angola 2025, o Ministério da Energia e Águas (MINEA) está apostado em promover o desenvolvimento humano e o bem-estar dos angolanos, assim como de promover um desenvolvimento equitativo e sustentável, para garantir um ritmo elevado de desenvolvimento económico e desenvolver de forma harmoniosa o território nacional.
De acordo com o Presidente da República, João Lourenço, o sector da Energia e Águas é uma área importante, tanto para a vida das populações como para o progresso económico e social do país.
“Não há vida sem água, não há saúde, não há educação, não há indústrias, não há economia sem estes dois bens”, disse o Chefe de Estado.

Apesar de sublinhar os investimentos já feitos, o Titular do Poder Executivo reconheceu que ainda há muito por se fazer e pediu mais trabalho conjunto para garantir avanços significativos.
A esse propósito, o Ministério da Energia e Águas almeja atingir, até 2027, uma taxa de acesso à electricidade de 50 por cento, correspondente a cerca de 16 milhões de habitantes.
O ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, refere que atingir a meta de acesso de 50 por cento da taxa de electricidade representa a concretização de mais de 1.250 000 novas ligações domiciliares em todo o país.
Actualmente, Angola tem taxas de acesso à energia eléctrica e à água potável nos patamares dos 44 e 56 por cento, apesar dos significativos investimentos já realizados, sendo crucial que o sector se capacite cada vez mais e melhor para garantir a sustentabilidade da actividade que desenvolve, o que implica possuir capacidade efectiva de manutenção das infra-estruturas existentes, observância de boas práticas na gestão da coisa pública, eficiência na gestão das receitas, adequada capacidade técnica dos quadros técnicos das empresas e institutos, dentre outras condições.

Quanto à água potável, o ministro considera fundamental que o Ministério seja capaz de concluir a construção dos dois grandes sistemas de abastecimento nos próximos anos: o BITA e o QUILONGA.
A estas acções junta-se a execução de mais de 500.000 novas ligações domiciliares, assegurando o acesso a mais de 7,5 milhões de novos consumidores, em particular a população que vive hoje em novos bairros.
O responsável sublinhou a atenção que o Presidente da República confere à resolução da grave situação do abastecimento de água na cidade de Luanda, razão pela qual o Ministério tem priorizado os projectos de abastecimento de água em Luanda.
Ao nível da produção de energia eléctrica a fase de construção dos aproveitamentos, em particular os hidroeléctricos, implica a mobilização de centenas de postos de trabalho durante vários anos com reflexos muito positivos em termos do emprego directo e indirecto que geram.
Os aproveitamentos hidroeléctricos com regularização – como Laúca e Cáfua – são os que maior contributo trazem ao território, pois, adicionalmente à geração de emprego, constituem reservas estratégicas de água com potencial para o abastecimento humano, agrícola, turismo e combate aos incêndios.
Implica em muitos casos a construção de infra-estruturas de acesso aos locais que beneficiarão a região e a central constitui também um ponto de partida para a electrificação do território em redor. As novas energias renováveis, ao apostarem em empreendimentos de menor dimensão, permitem uma maior dispersão do investimento e dos benefícios no território.
Após a fase de construção, a operação e manutenção dos empreendimentos permite manter alguma actividade económica na região. As Centrais de Biomassa assumem-se como prioritárias no impacto económico ao nível da operação e manutenção uma vez que o combustível tem de ser recolhido através de actividades de exploração florestal ou agrícola – com impacto no emprego e na melhoria da racionalidade económica associada à criação de novas fileiras agro-florestais.
A estratégia prevê um aumento de 25% no consumo de energia para atender os Polos de Desenvolvimento Industriais e Turísticos.
A potência instalada deve aumentar de 2 gigawatts para 9,9 gigawatts, com 3,2 gigawatts a serem instalados pelo sector privado. A taxa de eletrificação deve chegar a 60%. (J24 Horas)
