O governo de Angola pretende aumentar a taxa de acesso à eletricidade para 50% até 2027. O objetivo é que cerca de 16 milhões de habitantes tenham acesso à energia, o que corresponde a mais de 1.250.000 novas ligações domiciliares.
No sector das águas estão em curso projectos avaliados em mais de 500 milhões de dólares.O actual acesso à energia eléctrica e água potável no país varia entre os 44% e 56%, mas a meta do Ministério da Energia e Águas (MINEA), visa proporcionar o acesso de 50 por cento da taxa de electricidade, o que representa a concretização de mais de 1.250.000 novas ligações domiciliares em todo o país.
Apesar dos significativos investimentos já realizados, as taxas de acesso à energia eléctrica e à água potável ainda não satisfazem a grande demanda populacional em todo país.
Assim sendo, lembrando recomendações do ministro João Baptista Borges, “é crucial que o sector se capacite cada vez mais e melhor para garantir a sustentabilidade da actividade que desenvolve, o que implica possuir capacidade efectiva de manutenção das infra-estruturas existentes, observância de boas práticas na gestão da coisa pública, eficiência na gestão das receitas, adequada capacidade técnica dos quadros técnicos das empresas e institutos, dentre outras condições”
.Em termos de electrificação, a construção das redes de média e baixa tensão, no âmbito do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM) prevê 20 mil novas ligações domiciliares e a construção da subestação Vila Flor para abastecer mais de 120 mil habitantes naquela circunscrição, Mulenvos Sul, Progresso 2 e Santo António.
A eletrificação da Vila da Muxima será feita no âmbito do processo de requalificação, com a construção de uma subestação e uma linha de transporte de 700 quilómetros, assim como o município da Quissama, onde serão eletrificadas localidades como Cabo Ledo, a partir do Cuanza-norte, enquanto o Mussulo terá a obra concluída até ao final deste ano.
Em relação à água potável, é fundamental que o Ministério seja capaz de concluir a construção dos dois grandes sistemas de abastecimento nos próximos anos: o Bita e o Quilonga, que resultará em mais de 500.000 novas ligações domiciliares, que beneficiarão mais de 7,5 milhões de novos consumidores, em particular a população que vive presentemente em novos bairros sem rede de distribuição de água, como Zango, Zona Verde, Ramiros, Benfica e Mulenvos.
A este desígnio, o Presidente da República tem dedicado especial atenção à resolução da grave situação do abastecimento de água na cidade de Luanda, razão pela qual o MINEA está a priorizar os projectos de abastecimento de água em Luanda.
Destaca-se a construção de uma nova conduta de abastecimento de água entre o Benfica e o Morro Bento, com conclusão prevista para o final do corrente ano de 2024, uma “infra-estrutura que vai beneficiar instituições hospitalares e outras localizadas na região, além de resolver os problemas de abastecimento nos bairros locais.
Está igualmente em execução um conjunto de projectos no sector de Águas, avaliados em mais de 500 milhões de dólares, pacote que inclui a reabilitação e modernização de sistemas de abastecimento de água em várias localidades do país, capacitação institucional das empresas provinciais de água e saneamento e a projecção de sistemas de saneamento para sete cidades costeiras, entre outras.
No Plano de Desenvolvimento Nacional para o período 2023-2027, foram estabelecidas metas claras para o aumento das referidas taxas, com foco na melhoria das condições de vida da população, especialmente em áreas mais carentes.
Outros projectos em curso incluem o novo sistema de abastecimento de água em Ndalatando, que entrará em funcionamento ainda este ano, e os de Saurimo e Benguela, previstos para os próximos dois anos.
Já no sul do país, na província do Cunene, prossegue a construção das barragens de Ndue e Calucuve, além do sistemas de água para Oncócua, Chitado e Otchinjau, com conclusão prevista até 2026, beneficiando mais de 350 mil pessoas, no Namibe foram aprovados 43 obras para a recuperação de represas nos municípios de Camucuio, Virei e Bibala. (J24 Horas)
