Os funcionários do Tribunal de Contas de Angola tiveram uma ideia fabulosa para não desperdiçar o espírito de Junho. Com os olhos apontados para o futuro e o coração voltado para o presente, foi lançada uma Campanha de Recolha de Donativos para Crianças Vulneráveis.
A Campanha de Recolha de Donativos para Crianças Vulneráveis, é uma iniciativa interna de solidariedade que floresce no quadro dos 24 anos da instituição e ganha forma no espírito de quem acredita que a infância é sementeira sagrada de qualquer Nação.
Na abertura oficial, a Veneranda Juíza Conselheira Elisa Rangel Nunes, em nome do Juiz Conselheiro Presidente, Sebastião Gunza, sublinhou o dever público que todos têm, como pessoas, de cuidar da infância, especialmente na sua fase mais decisiva: a primeira infância.
Nas suas palavras, com voz firme e serena, disse: “temos um compromisso com a educação das crianças, especialmente na primeira infância”.
Esta campanha nasce também da sombra de um memorando multissetorial, assinado em Abril passado entre o Tribunal de Contas e os Ministérios da Saúde, das Finanças, da Ação Social, Família e Promoção da Mulher, e da Educação, um compromisso conjunto para acompanhar as políticas públicas para a primeira infância, em todas as dimensões em que uma criança deve ser cuidada, educada e valorizada.
Os donativos recolhidos, entre brinquedos, livros, roupas e afectos, serão entregues no dia 27 de Junho aos Lares Dor e Lombe (Malanje) e Luther Rescova e Santa Isabel (Luanda), levando consigo o gesto de um Tribunal que também fiscaliza com o coração.
Até 26 de Junho, o ponto de recolha está aberto no 3.º andar do edifício-sede do Tribunal, no Palácio da Justiça.“Porque mais do que números e contas, somos pessoas. E acreditamos que cada criança cuidada é um país inteiro a crescer com dignidade.
Ajudar sem olhar a quem, é cultivar uma semente para deixar um mundo melhor do que está. Todos contamos para esta obra que é de todos”.A 1 de Junho comemorou-se o Dia Mundial da Criança e, a 16 de Junho, comemora-se o Dia da Criança Africana.
Em Angola, é preciso que a sociedade em geral se empenhe, efectuando acções de facto, em prol do bem-estar daqueles que são o futuro da nação.
Toda sociedade tem a responsabilidade de assegurar o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação da criança angolana de acordo com a Constituição da República de Angola no seu artigo 35.º no ponto sexto.
Deve-se dar liberdade às crianças, colocá-las a salvo de todas as formas de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.São precisas ações intersetoriais para garantir a proteção integral da criança em Angola, como construir os fluxos de proteção da criança e adolescente e elaborar os parâmetros mínimos de atendimento às crianças vítimas de violência, de acordo com a Lei n.º 25/12 e em consonância com os 11 compromissos assumidos pelo Executivo. (J24 Horas)
