A campanha eleitoral que tem como data prevista o dia 24 de Agosto, está a entrar na fase derradeira e já é possível fazer algumas projecções comparativas em relação as últimas eleições realizadas em Angola no ano 2017.
Na campanha actual se assiste a ausência da figura dos cabos eleitorais nos três níveis do público eleitor, jovens, adultos e os idosos.
Diferente dos pleitos eleitorais passados, na actualidade os partidos políticos que concorrem as eleições gerais tem as suas campanhas centradas apenas na figura dos seus candidatos. Inclusive o MPLA que ao longo dos 4 pleitos já realizados, sempre teve na sua campanha distintos cabos eleitorais, na campanha actual o MPLA centrou a sua estratégia de campanha apenas no seu candidato.
O partido Unita optou por uma estratégia diferente, associando a imagem do seu candidato com alguns dissidentes de outras forças políticas e algumas figuras que até então se apresentavam como membros da sociedade civil, arriscando-se a criar dispersão na imagem do seu candidato, uma vez que o líder da Unita tem como ponto fulcral da sua campanha apenas a província de Luanda.
A FNLA, o partido Humanista, o PRS, e o partido Njango nem sequer tentaram estrear a implementação da estratégia dos cabos eleitorais.
Os cabos eleitorais são pessoas que trabalham para um candidato a um cargo público electivo. É um cargo voltado para o processo eleitoral, e o seu encerramento se dá juntamente com o fim da disputa pelos votos, no dia da eleição.
A função dos cabos eleitorais é ser um intermediário entre a população e o candidato. A ideia é que eles sejam disseminadores das ideias do aspirante ao cargo político, apresentando o programa de governo do partido, culminando na conquista de votos para o candidato.