Continua a fazer eco o descontentamento de militantes da CASA-CE em relação à composição da lista de deputados da coligação à Assembleia Nacional (AN), mesmo depois da realização da segunda reunião do Conselho Consultivo Nacional para esclarecimento da situação, que com todo os membros que compõem a sua direcção colegial
Victor Kavinda
No certame, que aconteceu a 18 do corrente mês de Junho no hotel Diamante em Luanda, o presidente da coligação CASA-CE, Manuel Fernandes reconheceu que existe no seio coligação CASA-CE, um descontentamento enorme por causa da lista de deputados, cujo processo foi entregue ao Tribunal Constitucional, em Luanda, no dia 15 também de Junho.
“Um repto aos quadros que pensam que estão em lugares elegíveis na lista de candidatos a deputados e que, por isso, acham que devem cruzar os braços com o sentimento de que tudo está ganho, enganam-se, pois, de nada vale a lista se não haver dedicação, trabalho e comprometimento com a causa. Aqueles que pensam que os seus nomes estão em lugares não elegíveis, e que por isso devem ficar indiferentes, enganam-se, porque, a CASA-CE, disputa a assunção do poder político e todos nós temos de ter fé, esperança e acima de tudo certeza de tudo quanto fazemos”, disse Manuel Fernandes.
O político considera que é competência do Conselho Consultivo Nacional apreciar os planos de acção política imediata e de carácter geral, atendendo o momento eleitoral em que o país se encontra. O presidente da coligação convocou todos os seus órgãos para apresentar a proposta do programa de Governo da CASA-CE e recolher contribuições finais para o seu enriquecimento.
Na opinião de Fernandes, o momento é de suma importância, pois, vai-se apreciar profundamente o que a Coligação levará como proposta de governação aos angolanos, apesar de que a ossatura deste programa emana do povo, por conta da consulta pública que levada a cabo em todo o território nacional nos últimos 3 meses.
O político apresentou a proposta do Programa de Governo da CASA-CE ao segundo órgão do Conselho Consultivo .
Com a convocação das eleições gerais pelo Presidente da República de Angola, aprazadas para 24 de Agosto próximo, “chegou a vez de devolver a soberania ao povo por intermédio do exercício de direito ao sufrágio universal, permitindo que os cidadãos escolham livremente, dentre as mais diversas forças políticas e candidatos a Presidente da República concorrentes às eleições gerais quem os deverá representar, tanto no plano Executivo, como no plano Legislativo nos próximos cinco anos”.
Manuel Fernandes realça ainda que não é hora de rivalidades, lamentações ou simples discursos bonitos, “tão pouco de atirarmo-nos contra quem vaticinou ou almeja o nosso declínio; o momento é de estendermos as mãos uns aos outros, a todos os angolanos, para juntos caminharmos em direcção à conquista do poder político, para salvar Angola. Esta é e continuará a ser a vocação original da coligação CASA-CE”.
O dirigente da CASA-CE considera que as eleições autárquicas continuam sendo uma miragem e que as eleições gerais irão decorrer sob a égide de uma lei eleitoral crítica e que mereceu a veemente reprovação da oposição política angolana, pois apesar dos pontos consensuais entre o partido no poder e a oposição terem sido numericamente superiores, os pontos fracturantes são os mais decisivos para a realização de um pleito eleitoral transparente, justo, credível, isento de máculas susceptíveis de colocar em causa a lisura do processo eleitoral.