O mau serviço que tem sido prestado pelo governo provincial do Cuanza Sul, liderado por Job Castelo Capapinha, volta, uma vez mais, a ser destaque de notícias correntes nos últimos dias. Desta feita, o “artista” é o actual director do Gabinete do governador provincial, Quintas Manjane, acusado por um grupo de funcionários por prática de crimes de corrupção activa, tráfico de influência, desvio de fundos públicos, assédio sexual, calúnia, intimidação, abuso de poder, entre muito mais
A população clama por melhorias, os funcionários do próprio governo provincial acusam, mas, apesar do mau trabalho de Quintas Manjane, que aumenta cada vez mais a imundície em que está mergulhado o Governo provincial do Cuanza Sul, assim como o descontentamento da população, Job Capapinha, mesmo diante de tantas evidências de uso e abuso de poder, de roubo, de desmandos, de crueldade por parte do seu “protegido” director de Gabinete, nada faz.
Ao que tudo indica, segundo fontes locais contactadas, “Capapinha não está nem aí para a sua própria imagem”, referem, acrescentando que, “actualmente, no Cuanza Sul, quem governa realmente é o director do Gabinete, que se intromete em tudo, impõe directrizes aos administradores municipais que têm que lhe obedecer à letra, controla as obras do PIIM e manda suspender algumas como quer, desvia os dinheiros públicos, ameaça tudo e todos, não respeita ninguém, nem mesmo quem lhe é próximo e é um autêntico predador sexual que se atira a todas mulheres que dele se aproximam”.
Os cidadãos descrevem também que “Capapinha está dominado por Quintas Manjane, é manipulado e come nas suas mãos, talvez seja por um acordo tácito, porque desde que chegou ao cargo aqui no Cuanza Sul, Capapinha cometeu muitos desmandos e não é bem visto; agora, talvez seja uma nova táctica, enquanto o seu director de Gabinete vai dando a cara, fazendo e desfazendo, ele apenas vai beneficiando das ‘engenharias’ praticadas pelo seu comparsa”.
Ao Presidente da República, João Lourenço, que o nomeou ainda no quadro do seu primeiro mandato, nunca faltaram avisos. Mesmo agora, depois da sua reeleição nas eleições gerais de Agosto do corrente ano, vários foram os alertas à má governação de Job Capapinha no Cuanza Sul. Aliás, como se tem dito, “Capapinha não deixa saudades por onde passa”.
Ao longo dos tempos, muito se tem falado e criticado o comportamento negativo e o mau trabalho de muitos governadores provinciais. São poucos os que têm trabalhado de facto em prol do desenvolvimento geral das suas circunscrições, para o bem-estar das comunidades e das famílias, bem como pelo progresso e engrandecimento do país no seu todo.
Segundo analistas, alguns governadores “quando assumem o cargo, tomam atitudes despóticas, de tiranos cruéis, comportam-se como líderes de gangues mafiosas e assassinas, não se importam com nada, não querem saber se o povo come, se está doente, se há água ou energia eléctrica, se as estradas estão conservadas ou precisam de manutenção, não sabem à quantas anda a produção e o que se faz ou não no sentido de se contribuir para o crescimento económico nacional”, entre muitas outras negligências.
No novo ciclo governativo do seu segundo mandato, esperava-se que o Presidente João Lourenço estivesse mais atento a determinadas circunstâncias negativas que aconteceram durante o primeiro mandato. Contudo, no caso concreto do Cuanza Sul, província com enormes potencialidades para agregar mais valia à diversificação da economia, esperava-se que o Chefe de Estado, também em prol do clamor da população local, removesse Job Capapinha pela má governação a todos níveis, atitudes contraproducentes e mesquinhas. Em vez de trabalho que resulte em melhorias, só cria desmandos, engana o povo, ludibria o titular do Poder Executivo e apodera-se dos recursos do Estado, como tem sido acusado até por funcionários do próprio executivo provincial.
Agora ai está! Em vez de progresso, de contentamento dos cidadãos, do Cuanza Sul só chegam lamentos, queixas e muita sujeira. Tudo isso contradiz as garantias do Presidente da República proferidas quinta-feira (01.12) na abertura a VIII edição do Fórum dos Municípios e Cidades de Angola (FMCA). Até quando?! (J24Horas)