Início Política Em fim de mandato João Lourenço é distinguido como personalidade do ano 2021 no país e no continente

Em fim de mandato João Lourenço é distinguido como personalidade do ano 2021 no país e no continente

por Redação

No ano que findou recentemente, o Jornal 24 Horas online, em jeito de balanço, apresentou alguns marcos da governação de João Lourenço, desde o combate a Covid-19, aos actos contra a  corrupção e a impunidade. Em função das acções praticadas e que devem ter continuidadede, membros da sociedade civil pedem a sua reeleição nas eleições aprazadas para Agosto próximo

Domingos Kinguari

Em relação à grande pandemia internacional que assola o mundo, Covid-19,  o seu controlo e contenção, o combate contra a corrupção e a impunidade no país, a diplomacia económica, o auxílio prestado em prol do fim de conflitos em diferentes regiões do continente africano, entre outros, são algumas das marcas que ficam cristalizadas no balanço a João Lourenço, por  altura da última quadra festiva do seu primeiro mandato como Presidente da República.

Em 2019 o mundo foi devastado pela pandemia da Covid-19 e o Executivo liderado por João Lourenço prontamente gizou políticas para o sector da Saúde, a fim de se conter a propagação deste inimigo invisível que continua a dizimar vidas humanas em todas as latitudes do planeta Terra, adiando sonhos e destruindo projectos e famílias.

Segundo dados a que se teve acesso, Angola foi um dos primeiros países em África a criar os centros de alto rendimento para o tratamento da doença e ganhou vários hospitais de campanha, pelo que, por estas e outras acções, o país não observou um número assustador de mortes por Covid-19, como em outros pontos do continente – berço e do mundo.

No que ao combate à corrupção diz respeito, é impossível mostrar-se indiferente aos resultados até agora alcançados, que vão de encontro a um dos trechos do seu primeiro discurso proferido na função de Alto Magistrado da Nação quando da sua tomada de posse no dia 26 de Setembro de 2017, «ninguém é suficientemente rico que não possa ser punido e ninguém é pobre demais que não possa ser protegido», sublinha-se.

Torna-se mais que evidente, que o tempo da impunidade ficou para trás e muitas pessoas antes intocáveis hoje estão a conta com a justiça. Esta perspectiva que continua a dividir opiniões, entre os que concordam e os que discordam, é justificada pela cruzada iniciada, e deixam sinais claros que o crime não compensa.

No que concerne à diplomacia económica, o Presidente João Lourenço deixa marca indelével, demonstrando verdadeiro engajamento em atrair cada vez mais investimento estrangeiro directo para o país, estando ainda fresca a última jornada desta caminhada sinuosa, cujo destino foi os Emirados Árabes Unidos, um parceiro comercial multifacetado com provas dadas no mercado angolano onde está com presença mais do que visível.

Aliás, fruto de várias visitas de Estado que tem efectuado de um tempo à esta parte, Angola tem obtido várias parcerias estratégicas e já é notável a vinda de múltiplos empresários estrangeiros para investirem no país.

Pontificam ainda neste sentido o amplo processo de alienação do património da então pesada máquina de «governo empresário» que herdou do período anterior, ao ter dado início a uma corajosa jornada de venda de dezenas de activos antes improdutivos e às vezes mesmo, ociosos ou quanto não fosse que serviam interesses particulares de certos círculos alheios ao bem comum, fim que persegue o governo enquanto pessoa de bem e ao serviço dos seus cidadãos.

A fazer jus a este esforço, o Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço, já foi condecorado pelas Repúblicas de Portugal, Cuba e a Namíbia e, recentemente, foi distinguido pela União Africana com o prémio de reconhecimento aos chefes de Estado e de Governo, cujos países ractificaram o acordo de criação da Zona de Comércio Livre Continental Africana.

João Lourenço foi ainda condecorado na República do Senegal com o prémio da integração africana pela sua acção na Região dos Grandes Lagos. O ex – enviado especial dos Estados para os Grandes Lagos, Joseph Peter Pham, reconheceu e considerou que a região está «mais estável» e «pacífica», em parte graças ao envolvimento e influência do Presidente João Lourenço.

Em entrevista à agência Lusa, considerou que a «região tornou-se muito mais estável, muito mais pacifica, com um clima muito melhor para investimento do que era há três anos». A transição democrática pacifica na República Democrática do Congo, o fim do conflito aberto entre Uganda e Ruanda e a melhoria da situação no Burundi, são alguns dos casos da diplomacia implementada pelo Presidente João Lourenço. Por estes e outros factos, o estadista angolano continua a ser condecorado e distinguido por alguns países e organizações africanas.

Recorde-se que na política doméstica, o Chefe de Estado angolano comprometeu-se directamente e está envolvido «pessoalmente» no processo de exumação dos restos mortais das vítimas dos conflitos armados que assolaram o país, sendo a exumação recente dos restos do líder fundador da UNITA, Jonas Savimbi, morto em combate em 2002, apenas um sinal claro deste envolvimento.

É também de exaltar, o pedido de perdão e desculpas públicas às vítimas e familiares de todos os conflitos armados ocorridos entre 1975 e 2002. Com tamanhos gestos, fica claro «o carácter humanista e patriótico do Chefe de Estado angolano», afirmou um analista da política angolana.

Ainda na última semana de Dezembro, quando muito se especulou quanto ao «azedume» de relações com o seu antecessor, João Lourenço, não só terá contrariado a tendência de certos círculos de opinião, como ressaltou o espirito natalino da última semana do ano, ao ter-se deslocado pessoalmente à casa de José Eduardo dos Santos.

Tal como mandam as boas regras de cortesia, sem muito alarido, a imprensa apurou que acrescentou ao gesto uma modesta oferta ao actual presidente emérito do partido no poder, o que sem sombras de dúvidas mostra sinais de «amadurecimento, altruísmo e nobreza», acrescentou o referido analista.

Por altura da próxima quadra festiva, ou seja, de 2022, João Lourenço, só estará na condição de mais Alto Magistrado da Nação angolana em caso de garantir a reeleição no próximo pleito eleitoral a acontecer no segundo semestre deste ano. Mas algumas das marcas aqui referidas ficam cravadas definitivamente no seu currículo e claramente entra para o restrito círculo de personalidade do ano no país e no continente.      

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