Início Política Chefe de Estado inaugura incubadora digital que vai ajudar a transformar ideias inovadoras em negócios

Chefe de Estado inaugura incubadora digital que vai ajudar a transformar ideias inovadoras em negócios

por Redação

O Presidente da República, João Lourenço, inaugurou, terça-feira (18), as instalações do Digital.ao, onde funcionará a Incubadora Tecnológica, infra-estrutura que visa ajudar a transformar ideias inovadoras de jovens angolanos em negócios (empresas) produtivas e sustentáveis

Após a formalidade protocolar do corte simbólico da fita, o Chefe de Estado, acompanhado de membros do Executivo, assistiu a um video institucional do projecto, percorreu algumas áreas de serviço da infra-estrutura e recebeu informações sobre o funcionamento dos equipamentos instalados.

Localizada na zona dos CTT, distrito urbano do Rangel, município de Luanda, a incubadora tecnológica visa, igualmente, potenciar pequenas, médias e grandes empresas.

O Digital.ao está orçado em cerca de 1.3 mil milhões de kwanzas, sendo que a construção das infra-estruturas teve início em 2016, mas, por razões objectivas, foi paralisada, tendo retomado no ano de 2019.

Financiada com recursos ordinários do tesouro e com recursos próprios do sector, a construção do Digital.ao contou, também, com o apoio de parceiros como a Huawei, Afrione, o Banco Africano de Desenvolvimento e o Banco Mundial.

O Digital.ao tem uma infra-estrutura composta por dois edifícios. O primeiro com três pisos e inclui  espaços multifuncionais, sala de videoconferência, laboratório de reparação de computadores e fábrica de software.

O segundo edifício, com um piso, é voltado para as qualificações técnico-profissionais, tem, além de outros compartimentos, salas de especialização em reparação, manutenção e configuração de computadores, impressoras e telemóveis, bem como em electrónica analógica, digital e robótica.

Adstrita ao Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, a Incubadora Tecnológica Digital.ao, surge para suplantar os constrangimentos impostos pela Covid-19 na geração de emprego e no fomento do auto-emprego, através das suas várias especializações.

A adesão aos serviços disponíveis no Digital.ao deverá ser feita a partir do seu portal “Digital.ao”.

O projecto prevê a disponibilização de planos de serviços. Já a adesão aos planos deverá ser taxada. Quanto ao valor, será definida uma base para cada grupo.

Os jovens angolanos com ideias tecnológicas inovadoras, capazes de gerar negócio, passam a dispor, a partir de agora, de uma instituição pública, onde passarão a receber apoio até que as mesmas se tornem em empresas.

“Qualquer angolano que tenha ideia tecnológica que possa gerar algum negócio está convidado a vir para o Digital.ao, a fim de fazer a  entrevista“, convidou André Pedro, director-geral do Instituto Nacional de Fomento da Sociedade da Informação (INFOSI), instituição que agrega o conceito digital.ao.

André Pedro disse que a instituição está capacitada para receber, em simultâneo, até 25 startups, para um período de dois anos e referiu que o projecto só é liberado depois de ganhar maturidade para se afirmar como empresa no mercado. Além de funcionar como uma incubadora, a digital.ao dispõe, também, de serviços nas áreas de registo de domínio ao, fabricação de software, hospedagem de páginas Web e correio corporativo, reparação de equipamentos, formação técnica, laboratório de TI, certificação internacional, mentoria, acompanhamento de startups e e-learning, curso de fusão de fibras ópticas e de reparação de computadores.

André Pedro ressaltou que, antes, a sociedade de informação confrontava-se com muitos entraves para a compra de um domínio (ao), situação que assegurou estar, agora, ultrapassada. Disse que o digital.ao constitui, igualmente, uma plataforma electrónica, onde qualquer cidadão da sociedade de informação terá a possibilidade de adquirir serviços disponíveis no Data Center do Governo, como o domínio ao, e-mail corporativo, hospedagem de páginas Web, desenvolvimento de páginas Web e outros. “Todos esses serviços estão agregados ao próprio digital.ao“, frisou.

O responsável recordou que, no passado, pagava-se um valor exorbitante para se ter um domínio ao, mas, hoje, o mesmo custa oito mil Kwanzas anuais. “Deve ser das taxas mais baratas do mundo”, vaticinou.

Com a chegada do digital.ao, André Pedro anunciou que os cidadãos passam a ter a possibilidade de alugar um servidor no Data Center do Governo, para disponibilizar serviços da sua empresa. Sobre isto, disse haver hospedagem a 19 mil Kwanzas.

“Há, aqui, um conjunto de serviços que o digital.ao vai potenciar, mas, fundamentalmente, a questão da geração do auto-emprego“, realçou, apontando que é ainda uma forma de promover a inclusão tecnológica do angolano.

Fez saber que muita gente desconhecia, por exemplo, onde se dirigir para comprar um domínio ao, um email corporativo ou uma solução tecnológica para dar suporte ao serviço que presta: “Víamos as páginas .com, por exemplo. O .com é um domínio universal. Ninguém sabe se é português, angolano ou nigeriano. Agora, passaremos a ter uma maior identidade digital a nível da Web“. (Com agências)

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