Valdemar José, quanto às relações de trabalho entre as instituições e a comunicação social, entende que não têm sido das melhores, apontando a falta de cedência de informações como dos principais constrangimentos com que se deparam os jornalistas na relação com as fontes oficiais
Santos Pereira
Ao longo dos tempos, na sociedade angolana, o livre exercício de informar o público pelos órgãos de comunicação social, tem conhecido sérios obstáculos, como a enorme dificuldade que se enfrenta para se ter acesso às fontes oficiais.
Esta situação tem coartado a liberdade de imprensa, de expresão e de pensamento, impede o normal e salutar desempenho da comunicação social e cria um clima desabonatório na sociedade.
A este propósito, o sub-comissário Valdemar José, director do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa do Ministério do Interior (MININT), apela aos assessores de imprensa em geral e dirigentes de instituições públicas a manterem relações cordiais com a Comunicação Social, estando sempre prontos a prestar informação e/ou esclarecimentos quando lhes seja solicitado pelos jornalistas.
Valdemar José, quanto às relações de trabalho entre as instituições e a comunicação social, entende que não têm sido das melhores, apontando a falta de cedência de informações como dos principais constrangimentos com que se deparam os jornalistas na relação com as fontes oficiais.
Assim, Valdemar José solicita aos assessores de imprensa, aos gabinetes de comunicação institucional e imprensa, gestores e demais responsáveis de instituições públicas e não só, a serem céleres em responder as questões levantadas pelos órgãos de comunicação social.
Sempre que não seja possível responder de imediato, para certificação do assunto em questão ou para colher mais dados, deve-se esclarecer e prestar a informação posteriormente. Quando contactada via telefone ou por mensagem e não atender, a fonte solicitada tem a obrigação de retomar a chamada não atendida ou responder a mensagem.
Agindo desta forma, segundo o director do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa do MININT, sub-comissário Valdemar José, as instituições, ou as pessoas visadas, só têm a ganhar, porque vão evitar especulações esclarecendo devidamente os factos; os jornalistas vão compreender melhor a situação e a opinião pública será melhor informada.
Quando as fontes oficiais se fecham, como tem sido hábito, e ainda proferem ameaças contra quem só está a fazer o seu trabalho de informar e esclarecer a opinião pública, originam-se as rixas e “braços – de – ferro” com a comunicação social, conspurcando a imagem das instituições, em detrimento do país, enquanto estado democrático e de direito.
Aos órgãos de comunicação social e aos profissionais do sector, Valdemar José aconselha a cingirem-se aos pressupostos da Lei de Imprensa e a respeitar a ética e a deontologia profissionais, evitando sensacionalismos baratos, críticas ofensivas ou infundadas, primando sempre pela verdade dos factos e procurar ouvir o outro lado.
O sub-comissário Valdemar José, a quem se parabeniza por este exercício pedagógico, que visa melhorar o comportamento das fontes oficiais, entre outros, assim como o desempenho da comunicação social, em prol de relações harmoniosas entre todos, reconhece e chama a atenção para o árduo trabalho efectuado pelos jornalistas com o objectivo de informar, principalmente, a realidade do país e também para alertar as autoridades para os erros da própria governação, as omissões, os excessos e os diversos atropelos à lei que são cometidos, quer por governantes e outros dirigentes, como por cidadãos comuns.
O trabalho desses profissionais ajuda também a educar, a formar consciências e a entreter, pois ouvir e/ou ver uma boa informação, ou mesmo uma boa leitura, faz reflectir, aumenta o conhecimento, as capacidades intelectuais e só faz bem. Critica-se sim, para que se entenda o bem e se corrija o mal; mas também se exalta o bom, o positivo e o que faz bem ao desenvolvimento do país e à vivência das suas populações.