É das mulheres que o Presidente João Lourenço escolheu, no quadro da paridade governativa e administrativa, mais surpreendeu no último governo, embora estivesse restrito ao comando de uma província: Mara Regina da Silva Baptista Domingos Quiosa. A governadora do Bengo.
Wilson Lourenço
Mara Quiosa conseguiu, nos últimos cinco anos, imprimir uma nova dinâmica, o que contribuiu para deixar para trás a velha fama de ser a província, embora próxima de Luanda, a capital do país, a mais atrasada em todos os aspectos.
Num recuo no tempo, José Eduardo dos Santos, então Presidente da República, sempre que fosse ao Bengo regressava ao Palácio descontente com a governação da província. “Passam anos e mais anos, mas o Bengo nunca muda”, lamentava.
O Bengo, com saída para o mar, sempre teve, desde 1980, altura que foi elevado à categoria de província, homens no leme, uma paradigma que o Presidente João Lourenço inverteu, em 2017, ao nomear a então adjunto na Comissão Administrativa de Luanda.
Em fim de mandato, resultante das eleições de 24 de Agosto, Mara Quiosa continua a marcar passos em termos de governação, ao dar um novo alento no acompanhamento dos vários projectos que estão a mudar o cenário da província.
É ponto assente que, pelo trabalho desenvolvido, Mara Quiosa tem caminho aberto para ser guindada a outros desafios, quer a nível provincial ou governativo. Bastará o MPLA triunfar nas eleições.