Início Sociedade BANCO BDA ENVOLVIDO EM ALTA CORRUPÇÃO: BENEFÍCIOS PARA “EMPRESAS FANTASMAS” E CRÉDITO SÓ PARA QUEM PAGA COMISSÃO

BANCO BDA ENVOLVIDO EM ALTA CORRUPÇÃO: BENEFÍCIOS PARA “EMPRESAS FANTASMAS” E CRÉDITO SÓ PARA QUEM PAGA COMISSÃO

por Editor

O BDA foi inaugurado em 2006 como uma instituição financeira de capitais públicos criada ao abrigo do decreto 37/06, de 7 de Julho, com o objectivo de apoiar o crescimento económico sustentado do País. Contudo, apesar das elevadas expectativas que ditaram a sua criação, os resultados provenientes da sua actividade nunca foram os esperados.

Desde sempre a instituição foi tomada de assalto por um bando de larápios nas vestes de governantes, entre outros dirigentes, que ao longo dos tempos não se cansam de inovar nas suas tácticas para prejudicar o Estado e o povo angolano.


Nas últimas horas, o Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA), presidido por Leonel Felisberto da Silva, volta às manchetes informativas pela negativa. Notícias descrevem que o BDA tem sido corroído por uma “máfia na concessão de créditos”, com a criação de “empresas fantasmas” à mistura.


A situação não é nova! Durante largos anos, indivíduos que delapidaram o erário público em proveito próprio e mergulharam o país na desgraça e miséria, assim como os que ainda nos dias actuais continuam com as mesmas práticas, têm inovado nas suas estratégias para continuar a usufruir livremente o produto dos seus crimes, enganando as autoridades e o Estado impunemente.


O BDA continua envolto em escândalos de corrupção activa que envolve altos responsáveis ligados ao processo de concessão de créditos às empresas nacionais, e a cedência de créditos à empresas fictícias (fantasmas), sendo o presidente da Comissão Executiva, João Salvador Quintas, de ser o líder do esquema, coadjuvado pelo director de Administração de Crédito, José Igor de Oliveira, que exigem chorudas comissões, indevidas, aos empresários, em troca da aprovação e desembolso de financiamentos.


Quem não entra no esquema, ou seja, quem não aceita pagar as ditas comissões, não recebe a aprovação de crédito, uma prática que se tem intensificado de um tempo a esta parte, sobretudo depois da saída de Patrícia de Almeida, então presidente da Comissão Executiva do Banco.


A “engenharia” chegou ao ponto de se revogar e/ou suspender vários processos de crédito já aprovados pela anterior direcção. O desembolso é condicionado à cedência das comissões.


As acusações referem ainda que muitas empresas que têm beneficiado de crédito são “fantasmas”, simplesmente não existem, são empresas de fachada com projectos fictícios que nunca saíram do papel. Os valores concedidos beneficiam os próprios gestores.


Os citados gestores prejudicam os clientes, emperram projectos empresariais em curso e impedem o desenvolvimento do país. Como se não bastasse, João Salvador Quintas e José Igor de Oliveira, além de subornos, são também acusados de sobrefacturação de serviços contratados pelo BDA em conluio com empresas, cujas facturas apresentam valores superiores aos praticados no mercado. O execedente é partilhado entre os intervenientes no esquema.


Porém, salta à vista que o anterior e o actual ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior e José de Lima Massano, sejam apontados como suspeitos de encobrimento dos prevaricadores. João Salvador Quintas mantém ligações com Lima Massano, através do director do seu gabinete, Malamba Feitio, a quem passa informações sobre as operações internas do banco. Quanto a José Igor de Oliveira, é descrito como genro de Nunes Júnior, actualmente governador da província de Benguela.


Entre denúncias e provas dos subornos apresentadas por empresários descontentes com os procedimentos descritos ao Banco Nacional de Angola (BNA), que terá instado o BDA a pronunciar-se, contudo sem que o tenha feito até ao momento.


A Procuradoria Geral da República (PGR) e a Inspeção Geral do Estado (IGAE) não tugem nem mugem!
Enquanto isso, a economia angolana continua a somar prejuízos. Voltaremos com mais dados sobre a corrupção no BDA. (J24 Horas)

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