Início Sociedade Agravamento das condições de vida da população descredibiliza políticas do Executivo

Agravamento das condições de vida da população descredibiliza políticas do Executivo

por Redação

“Corrigir o que está mal e melhorar o que está bem” foi o lema do MPLA nas eleições passadas  e uma das promessas de João Lourenço quando assumiu a Presidência da República

Japer Kanambwa

Contrariamente ao que tem sido amplamente divulgado por organismos oficiais, em relação à baixa de preços da cesta básica, para maior aflição da população, a situação piora a cada dia.

De acordo com dados fidedignos, os preços da alimentação e bebidas não alcoólicas continuam a registar subidas acima do verificado noutros bens, tendo aumentado 2,5% no mês de Dezembro passado em relação ao registado no mês anterior, Novembro, representando 68.4% da inflação mensal.

Os dados apontam que, no último mês de 2021, os preços aumentaram 27% a nível homólogo, acelerando pelo nono mês consecutivo e cifrou-se no valor mais alto desde Julho de 2017.

O encarecimento dos bens alimentares essenciais é o que maior preocupação suscita ao nível do regime, atendendo o crescente descontentamento entre a população, a poucos meses das eleições gerais.

Neste âmbito, o alto nível de desemprego entre os jovens tem-se agravado, com a economia em recessão há seis anos e uma estagnação ou crescimento modesto previsto em 2021, com uma alegada possível recuperação em 2022.

A miséria que está a sufocar grande parte das famílias angolanas pelo agravamento das condições de vida, contribui para a falta de perspectivas da numerosa população jovem, situação que está  a elevar grandemente o apoio à oposição, fotalecendo-a, motivando igualmente inúmeros protestos populares em vários pontos do país, que geralmente têm sido reprimidos com violência pela polícia.

A crise económica e o crescente descontentamento popular, principalmente por parte dos jovens, devem servir de alerta ao Executivo para rever, com urgência, o que está a ser mal feito, corrigir as lacunas abstendo-se da propaganda enganosa e actuar rapidamente no sentido de criar melhorias gerais que beneficiem realmente a população. Afinal, “corrigir o que está mal e melhorar o que está bem” foi o lema do MPLA nas eleições passadas  e uma das promessas de João Lourenço quando assumiu a Presidência da República.

Fazendo o contrário, escamoteando o seu próprio lema, o MPLA estará a dar “um tiro” no próprio pé!

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