Início Política Uma vez mais presidente do Bloco Democrático reafirma retirada do seu partido da CASA-CE

Uma vez mais presidente do Bloco Democrático reafirma retirada do seu partido da CASA-CE

por Redação

A decisão já foi comunicada à direcção da CASA-CE, realçando que os acordos deixarão de ter efeito no final desta legislatura

O presidente do Bloco Democrático (BD), Filomeno Vieira Lopes, reafirmou, domingo, 30 de Janeiro, no município de Viana, em Luanda, a retirada definitiva da formação política que lidera, da Convergência Ampla de Salvação-Coligação Eleitoral (CASA-CE).

O político fez este pronunciamento durante a cerimónia de encerramento da II Reunião Ordinária do Conselho Nacional, que decorreu de 28 a 30 de Janeiro, sob o lema “BD Rumo aos Desafios do Presente e do Futuro”.

De acordo com o dirigente, a decisão já foi comunicada à direcção da CASA-CE, realçando que os acordos deixarão de ter efeito no final desta legislatura.

O presidente do Bloco Democrático fez saber que durante os três dias de trabalho traçaram as estratégias a ser implementadas, entre outros temas.

Apelou aos cidadãos maiores a aderir ao Balcão Único do Atendimento ao Público (BUAP) para a actualização do registo eleitoral, a fim de poderem votar nas eleições gerais previstas para Agosto próximo.

Enquanto isso, recorde-se que o assunto não é novo e volta e meia vem à tona. Principalmente desde que Filomeno Vieira Lopes se tornou líder do BD que circulam  notícias dando como certa a saída do partido Bloco Democrático da coligação CASA-CE, depois de consolidar a sua participação na Frente Patriótica com UNITA e PRA-JA, tendo os fundos que tem na ″CASA-CE″ sido congelados.

Já se afirmou, anteriormente, que  o Bloco Democrático (BD) rompeu em definitivo com a CASA-CE, coligação que integra(va) desde 2017, depois de definir a sua integração na Frente Patriótica com a UNITA e o PRA-JA Servir Angola, onde deverá concorrer às eleições de 2022, com os seus dirigentes a entrarem na lista do partido do “Galo Negro”.

O presidente do BD, Filomeno Viera Lopes, anunciou na altura que todos os fundos a que tinham direito na Convenção Ampla de Salvação Nacional – Coligação Eleitoral (CASA-CE), já foram cortados face à consolidação do projecto político da Frente Patriótica.

“É um grande sacrifício para nós. Todos os fundos que tínhamos na CASA-CE já nos foram cortados”, disse o político, lembrando que o BD tinha decidido “manter o apoio prestado à CASA-CE no domínio da gestão contabilística, reforçar a sua presença na gestão do Grupo Parlamentar e manter intactos todos os direitos adquiridos por via das eleições gerais de 2017, nomeadamente a quota dos comissários à Comissão Nacional Eleitoral (CNE) e as verbas alocadas aos partidos, trimestralmente”.

Na mesma data, o presidente da CASA-CE, Manuel Fernandes, confirmou que “alguns direitos do partido Bloco Democrático (BD) estão congelados” até que esta formação esclareça a sua posição na coligação, o que deveria suceder de forma natural a 05 de Outubro passado, quando os integrantes da Frente vão formalizar o processo da sua constituição.

Manuel Fernandes argumentou o “congelamento de alguns direitos”, alegando que o BD está engajado no projecto político Frente Patriótica Unida (FPU), integrada pela UNITA e o político Abel Chivukuvuku, movimento que pretende concorrer, de forma unida, contra o MPLA, nas eleições de 2022. JK

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