A investidura do Presidente reeleito de Angola, João Lourenço, decorreu quinta-feira (15) na Praça da República, em Luanda, perante diversas autoridades, entre chefes de Estado e de Governo de vários países e convidados
A cerimónia de investidura do Presidente reeleito de Angola decorreu em Luanda, perante 12 chefes de Estado, dezenas de outros representantes e convidados a vários níveis, nacionais e estrangeiros.
Diferente de 2017, A cerimónia realizada quinta-feira (15), diferente da de 2017, não foi aberta ao público e o acesso ao local da investidura fez-se por convite, estimando-se que estiveram presentes cerca de 15 mil convidados.
Depois de deixar o palácio presidencial, João Lourenço chegou à Praça da República acompanhado da primeira-dama, Ana Dias Lourenço, e passou revista às tropas, em parada.
O Presidente reeleito fez a seguir o juramento à Nação e assinou o termo de posse e respetivos termos individuais, ao que se seguiu a vice-Presidente, Esperança Costa, que fez os mesmos actos.
No seu discurso de tomada de posse, João Lourenço começou por felicitar o Povo Angolano, que considerou o verdadeiro “vencedor das eleições”. Na sequência, prometeu empenhar-se ao máximo pela resolução dos problemas sociais mais prementes dos angolanos, destacou a criação de empregos para os cidadãos, sobretudo, para a juventude. Igualmente, prometeu especial atenção do Executivo à infância e aos idosos.
O Chefe de Estado reeleito, agradeceu a participação de todos os partidos concorrentes às eleições gerais e garantiu a manutenção da paz, tranquilidade e harmonia nacional. Fez igualmente uma incursão pelos projectos em curso no país e outros que serão executados durante o seu segundo mandato, assim como passou em revista a actualidade africana e internacional.
A cerimónia culminou com o desfile dos batalhões dos três ramos das Forças Armadas e das forças da Polícia Nacional em parada.
Salente-se que estiveram presentes na cerimónia de investidura de João Lourenço e Esperança da Costa, Presidente e Vice-Presidente da República eleitos nas eleições gerais de 24 de Agosto doze Chefes de Estado, entre Presidentes e enviados especiais de países de África, Europa, América e Ásia que se juntaram a representantes da ONU, União Africana, CPLP, SADC, CIRGL e da CEEAC.
O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, foi o único país europeu a fazer-se representar ao mais alto nível, destacando-se diversos Chefes de Estado africanos, como os Presidentes da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, também presidente da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) ; de Cabo Verde, José Maria Pereira Neves; de São Tomé e Príncipe, Carlos Vila Nova, e da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo. Moçambique enviou o ministro da Defesa e Timor-Leste foi representado pela sua embaixadora.
Outros Estados africanos como a República do Congo, República Democrática do Congo, República Centro-Africana, Zâmbia, Namíbia e Zimbabwe, estiveram também representados a nível presidencial, bem como a República Árabe Sarauí Democrática.
A nível de vice-Presidentes, estiveram representados a Tanzânia e o Burundi. Cuba, Ruanda, Madagáscar e Essuatíni enviaram os respetivos primeiros-ministros, enquanto que o Governo chinês enviou um enviado especial, Liu Yuxi. Já os Emirados Árabes Unidos, Catar, Argélia, Venezuela, Nicarágua, Chade, Senegal, Gana e Sérvia foram representados a nível ministerial.
Igualmente estiveram representadas organizações internacionais, nomeadamente a União Africana, Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, além das Nações Unidas. JK