Início Política Observadores eleitorais pedem moderação de linguagem aos partidos políticos

Observadores eleitorais pedem moderação de linguagem aos partidos políticos

por Redação

A Missão de Observação Eleitoral (MOE) apelou quarta-feira (06), em Luanda, aos partidos políticos concorrentes às eleições gerais de Agosto próximo, no país, para moderarem a linguagem nas suas mensagens durante a campanha eleitoral

Dom Gabriel Mbilingue, chefe da Missão de Observação Eleitoral do Observatório Eleitoral  Angolano (OEA), lançou o apelo no final de um encontro com a presidente do Tribunal Constitucional (TC), Laurinda Cardoso, em Luanda.

Segundo Dom Mbilingue, que é igualmente arcebispo do Lubango, os partidos politicos são responsáveis pela criação de um ambiente que permita que as eleições sejam, de facto, uma festa democrática. 

Defendeu que os partidos concorrentes devem ter cautela e responsabilidade no sentido de impedirem que o clima eleitoral seja minado pelas mensagens que fazem passar e “de falta de respeito entre si”.

Por isso, disse, a Missão do Observatório Eleitoral pretende  “vigiar” a condução de todo esse processo.

O prelado explicou que o seu encontro com Laurinda Cardoso  serviu para apresentar ao TC o pedido de acreditação da sua Missão como observadora eleitoral, enquanto orgão vocacionado para a educação civica eleitoral.

Relativamente aos actos políticos de massas previstos para este sábado (09), por três formações politicas, em Luanda, Dom Gabriel Mbilingue desencorajou a sua realizaçãos no mesmo dia.

No seu entender, a realização dos actos das três forças políticas, no mesmo dia, “não seria prudente”, uma vez que, argumentou, “a população ainda não tem a cultura democrática enraizada”.

Disse esperar que os cidadãos eleitores não façam das manifestações um espaço para se guerrear uns contra os outros.

A Missão de Observação Eleitoral congrega instituições da  sociedade civil e igrejas, estando vocacionada para a educação civica eleitoral. 

Para as eleições gerais de 24 de Agosto próximo, as quintas na história de Angola depois das de 1992, 2008, 2012 e 2017, apresentaram candidaturas oito formações políticas das quais sete partidos políticos e uma coligação.

Trata-se do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), da Convergência Ampla de Salvação de Angola — Coligação Eleitoral (CASA-CE), da Aliança Patriótica Nacional (APN) e da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA).

O Partido de Renovação Social (PRS), a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), o Partido Humanista de Angola (PHA) e o Partido Nacionalista para a Justiça em Angola (P-NJANGO) completam a lista.

Poderá também achar interessante