Início Política MUN exige que as autoridades esclareçam o desaparecimento do seu dirigente alegadamente raptado em 2018

MUN exige que as autoridades esclareçam o desaparecimento do seu dirigente alegadamente raptado em 2018

por Redação

O Movimento de União Nacional (MUN), após dois (2) anos reitera o seu apelo às autoridades competentes e instituições de direito e exige esclarecimentos sobre os incidentes que aconteceram com o seu membro e dirigente, Estevão Nzuzi Da Silva

Victor Kavinda

Volvidos 2 anos e meio, depois de uma sequência de incidentes que culminaram em perseguição, rapto e desaparecimento do diregente do partido  Movimento de União Nacional (MUN), Estevão Nzuzi da Silva, que até agora se enconta em parte incerta, a direcção desta agremiação política e a família do desaparecido dirigente continuam a espera de esclarecimentos das autoridades.

Tudo começou no mês de Julho de 2017 nas manifestações que exigiam lisura no processo eleitoral de 2017.

Tendo em conta a gravidade da situação, a direcção do MUN sente-se no direito de informar a opinião pública, que Estevão Nzuzi da Silva, um dos colaboradores directos do Dr. Karl Mponda, líder do MUN, que estava prestes a regressar ao país em 8 de Maio de 2019, com o objectivo de reforçar a acção estratégica do movimento, depois de muitos anos longe do país.

Para esse efeito, Estevão foi apontado como chefe do Gabinete da Chancelaria para levar a cabo trabalhos visando o regresso do líder daquele movimento político a Angola.

Estevao Nzuzi vivia entre o Brasil e Angola para realizar os trabalhos internos supracitados. Enquanto esteve no Brasil, sua casa em Luanda foi saqueada, mas por muito estranho que pareça, os inversores só levaram todos os documentos do partido e computadores, situação que alarmou o partido, pois foram saqueados documentos importantes dos seus trabalhos.

Ao regressar a Luanda aos 05 de Novembro de 2018,  Estevão Nzuzi encontrou na sua casa uma carta com um teor ameaçador que afirmava o seguinte: “Vocês não vão se instalar em Angola, se cairem nas nossas mãos estarão entregues aos jacarés”.

Este assunto foi dado a conhecer  aos membros do MUN, por ordem do seu lider, Estevão teve que regressar com urgêrcia para o Brasil a 11 de Novembro de 2018, após sucessivas ameaças de morte.

Chegado ao Brasil no dia 12 de Novembro, algo pior aconteceu: Estevão Nzuzi foi raptado por três elementos que se apresentaram como sendo da Interpol e o levaram a um bairro do Rio de Janeiro, onde foi informado que a ordem vinha de Luanda.

Para sua admiração os vilãos que o raptaram,  falaram sobre a prisão dos seus dois colegas que foram raptados pelos elementos da primeira região militar de Luanda em 2015, o Engenheiro Kumuelo Sebastião e o Professor Alexandre Mvevo Melo, que estiveram presos durante 12 meses, isto é de 24 de Agosto de 2015 a 24 de Agosto de 2016, afirmando que ele corria o risco de lhe serem imputados os crimes de actos preparatórios de rebelião, previsto e punível pela conjunção dos art. 28º e 21º nº1, da Lei 23/10 de 3 de Dezembro, lei dos crimes contra a segurança do Estado.  Entendido com o estrangeiro para provocar a guerra, previsto e punível pelo art. 4º, nº1, da Lei nº 23/10, de 3 de Dezembro,  Lei dos crimes contra a segurança do Estado .

Por ajuda de um dos sequestradores, que deixou claro que eram elementos ligados  aos serviços secretos angolanos, ele conseguiu fugir e a sua situação tornou-se complicada em Angola.

Como se não bastasse tudo isso, estava a ser procurado por pessoas ligadas à Segurança do Estado e a busca atravessou fronteiras, até ao Brasil.

Depois de o visado contar o ocorrido ao seu líder e a alguns dirigentes do MUN em Angola, Estevão Nzuzi desapareceu sem que se soubesse do seu paradeiro, nem o de sua esposa e seus dois (2) filhos.

O MUN, por intermédio da sua chancelaria, lançou um apelo às autoridades competentes no sentido de que se fizesse justiça e se condenasse energicamente  a perseguição dos membros e dirigentes do MUN.  Porém, até à data presente nada mais se soube e Estevão Nzuzi continua desaparecido sem se saber onde se encontra com a sua esposa e seus 2 filhos.

Assim sendo, “em prol de um Estado democrático de direito, exigimos devidas esclarecimentos sobre este acto bárbaro”, exige a direcção do MUN.

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