Entre as principais enfermidades que foram medicadas na feira realizada no espaço da escola Angola e Cuba, ao Cazenga, contam-se as doenças diarréicas, paludismo, dores na coluna vertebral, doenças dos olhos, como a miopia e a optometria e outras
Em homenagem ao dia da Independência Nacional de Angola, 11 de Novembro, e do desaparecimento físico do comandante Fidel Castro Ruz, a Associação dos Caimaneros e a Embaixada de Cuba em Angola, realizaram uma feira de saúde no município do Cazenga, tendo efectuado 1054 consultas de forma gratuita.
A feira de saúde foi uma actividade conjunta entre a Associação dos Caimaneros, a Embaixada de Cuba em Angola e o Clube de Médicos que passaram prla Ilha da Juventude. Na actividade, que aconteceu na escola Angola e Cuba do Cazenga, os Caimaneros fizeram-se presentes com um número de trinta membros.
Os medicamentos foram distribuídos de forma gratuita, e quem assegurou os fármacos foi a Administração municipal do Cazenga, através da direcção municipal da Saúde.
Entre as principais enfermidades que foram medicadas, contam-se o paludismo, doenças diarréicas, dor de coluna vertebral, doenças dos olhos, como a miopia e a optometria.
Este jornal conversou com alguns munícipes que disseram que «a feira é bem-vinda, visto que o acesso aos hospitais ainda é muito difícil, porque há muitas enchentes e também existe muita falta de médicos e de enfermeiros».
Os hospitais do Cazenga debatem-se com uma falta gritante de medicamentos e os pacientes são obrigados a comprar os fármacos em outros locais, daí a existência excessiva de farmácias junto aos centros hospitalares, grande parte delas de competência duvidosa.
Por sua vez, Conceição Vaz que é moradora do município do Kilamba Kiaxi, disse que deslocou-se ao Cazenga para aproveitar a consulta gratuita, porque soube pela rádio e redes sociais a realização da feira da saúde.
A cidadã disse que sofre de dores no estômago, «por isso a minha presença; o atendimento foi célere, sem qualquer obstáculo nem qualquer confusão. Faço uma crítica à Embaixada de Cuba em Angola que deveria fazer a mesma feira no município do Kilamba Kiaxi, porque lá existe também uma escola “Angola e Cuba” que foi construída no âmbito da cooperação entre os dois países. Acho que a Embaixada e os Caimaneiros prestam maior atenção ao Cazenga do que ao Golfe, o que não é bom. A próxima feira deve acontecer de forma simultânea», reclamou.
Em sua opinião, existe «maior presença de cubanos no Kilamba Kiaxi do que no Cazenga. Os cubanos tinham um quartel no Kilamba Kiaxi e no Cazenga tinham apenas pequenas bases, por isso o meu repto para as autoridades cubanas que não devem descriminar o Kilamba Kiaxi. Existem duas escolas que foram construídas com o dinheiro da cooperação entre os dois países, mas apenas uma, a do Cazenga, é que beneficia de maior atenção», reiterou.
Enquanto isso, apurou-se junto da Embaixada de Cuba em Angola que estão preocupados com o abandono em que se encontram os milhares de bolseiros que estudaram em Cuba e regressaram a Angola. «São dinheiros gastos e que não é aproveitado com a integração dos técnicos, principalmente os médicos. Estamos a conversar com o Ministério do Ensino Superior para ver o enquadramento dos médicos, vistos que o país clama por falta de técnicos na área da saúde», disse a fonte. DK