Angola prestou homenagem, no domingo (28.08), ao seu ex-Presidente organizando um funeral de Estado. Uma cerimónia aconteceu em meio a algumas expectativas em relação ao anúncio definitivo dos resultados das eleições gerais realizadas a 24 de Agosto
Com a presença de chefes de Estado estrangeiros, tais como Félix Tshisekedi, Denis Sassou Nguesso, Umaro Sissoco Embaló, Filipe Nyusi, Cyril Ramaphosa e Marcelo Rebelo de Sousa, além de representantes de outros chefes de Estado e de muitas individualidades africanas e não só, entre declarações emocionadas, culto ecuménico e 21 tiros de canhão, a homenagem ao ex-Presidente José Eduardo dos Santos, falecido a 8 de Julho em Barcelona, esteve à altura da sua dimensão e dos seus feitos.
”Descanso eterno, caro Presidente Zedu”, lia-se nas camisolas brancas usadas por muitos dos participantes reunidos na Praça da República que estava apinhada de flores e cartazes com a sua foto. Realizada na presença do seu sucessor, João Lourenço, mas sem a sua intervenção, a celebração saudou o percurso de um homem que marcou a história do país por tê-lo liderado durante trinta e oito anos, entre 1979 e 2017.
Símbolo de uma página que se virou,o funeral ocorreu num momento particular para o País, poucos dias após a realização, em 24 de Agosto, das eleições gerais que registaram a manutenção no poder do MPLA, partido que liderou por cerca de quatro décadas, e de João Lourenço, mas também há a ter em conta a subida de poder sem precedentes da oposição, com a UNITA, liderada por Adalberto Costa Júnior, a retirar a maioria absoluta ao MPLA.
A cerimónia fúnebre de José Eduardo dos Santos é um acontecimento significativo na história angolana. JK