Início Política Miguel Kassela contesta notícias deste jornal em comunicado fixado na vitrina da administração

Miguel Kassela contesta notícias deste jornal em comunicado fixado na vitrina da administração

por Redação

O administrador municipal do Dirico, Miguel Kassela, antes de regressar àquele município, orientou o director do gabinete do Centro de Documentação e Informação local para fixar um comunicado na administração referindo que não constitui verdade as notícias públicas por este Jornal online

Domingos Kinguari

A partir de Menongue, apurou-se que existe um comunicado que está exposto na vitrina da administração municipal do Dirico, datado de 19 do mês em curso, um dia depois de chegada do administrador à circunscrição  de onde se ausentou, sem qualquer explicação, por mais de três longos meses.

O comunicado, a que tivemos acesso, menciona que «viemos esclarecer as informações postas a circular nas redes sociais pelo Jornal 24 Horas, publicadas nos dias 25 de Novembro, 8 de Dezembro e 13 de Dezembro, respectivamente. Diante destas publicações e quanto a primeira notícia, a administração municipal torna público o seguinte: O administrador nunca esteve em parte incerta no período a que se refere; o mesmo encontrava-se em missão política na capital provincial, a fim de participar na XIII conferência provincial do MPLA que foi adiada por duas vezes e realizada apenas no dia 20 de Novembro», lê-se na nota.

A mesma justifica ainda que «dias depois, partiu para Luanda com o objectivo de participar na reunião de preparação do VIII congresso do MPLA, na qualidade de membro do comité central. O administrador municipal e o ex – governador, Júlio Bessa, durante o tempo de serviço, tiveram apenas relações de trabalho e de confiança entre o superior hierárquico e o subordinado; ambos não têm e nunca tiveram negócios em comum», frisa.

A nota que não tem qualquer assinatura de um responsável, apenas aparece com a autoria do Centro de Documentação e Informação da Administração municipal do Dirico, explica também que «o administrador não nomeou parentes ou afins. Relativamente aos quadros vinculados naquela administração, destaca-se uma miscigenação de proveniências, desde o norte, sul, centro, centro – sul do município e quadros recrutados a nível da província».

                  «Nunca subornei nenhum soba»

A mesma nota, que não foi enviada para o Jornal 24 Horas, órgão de informação que tem estado a denunciar as más práticas da gestão no município do Dirico, província do Cuando Cubango, desmente que, em momento algum, «o administrador subornou os sobas para solicitarem ao governador provincial para não o exonerar. Quanto aos produtos alimentares e valores monetários mencionados na notícia, a administração municipal desconhece, pois, nenhum rei, rainha, regedor, soba, sobeto ou seculo, recebeu qualquer valor monetário ou alimentos em troca de um serviço», ressalta.

Ainda de acordo com a nota, em que sobressai a tentativa de limpar a imagem de Miguel Kassela, «as autoridades tradicionais solicitaram apoio para se deslocarem à Menongue a fim de reclamarem os seus direitos, violados por um grupo de pessoas pertencentes à uma família que, a todo o custo, procura institucionalizar um reino numa circunscrição pertencente às etnias Mbucusso, Dirico e Sámbio».

Lê-se também no comunicado que «durante o período em que o administrador Miguel Kassela exerce as suas funções, nunca delegou poderes aos delegados do SINSE e do Interior, nem tão pouco aos sobas ou regedores. Em momentos de sua ausência sempre deixou uma ordem de serviço de acordo com as normas administrativas. Não existe uma comissão de gestão criada para administrar os serviços de saúde a nível municipal, pois o hospital é administrado por um director. Não se está a construir qualquer residência para professores, enfermeiros e técnicos da administração pública no bairro 23 de Março em Menongue, tão pouco temos um contrato assinado com a empresa DW», enfatiza.

Por fim, sublinha que as informações veiculadas por este jornal visam apenas manchar o bom nome, a honra e o desempenho profissional e administrativo dos quadros do município do Dirico. «Vamos continuar a trabalhar tendo em conta o primado da lei, o respeito aos princípios que norteiam a boa governação com o fim último de prosseguir o interesse público».

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