A história é a base do conhecimento para a construção da nação, uma vez que na época, jovens ávidos de se tornar independentes se bateram contra o colonialismo português
O historiador e sociólogo Cornélio Caley considerou, quarta-feira (02), em Luanda, que o fundamento do início da luta de libertação, ocorrido a 04 de Fevereiro de 1961, foi impulsionado pela vontade da conquista da soberania e da identidade cultural nacional.
As declarações foram feitas durante o “Encontro Intergeracional – O legado dos Heróis do 4 de Fevereiro”, realizado pelo Instituto Angolano da Juventude (IAJ).
Para Cornélio Caley a história é a base do conhecimento para a construção da nação, uma vez que na época, jovens ávidos de se tornar independentes se bateram contra o colonialismo português.
O momento impulsionou o surgimento de várias organizações, bem como a prisão de nacionalistas angolanos que ficou conhecido como “processo 50”, destacando-se aqui, o nome de Mário Pinto de Andrade, por este anunciar a nível internacional a prisão dos cidadãos angolanos.
Considerou ser necessário os jovens saberem que a data do início da Luta Armada, 04 de Fevereiro de 1961, foi antecedida pelo 04 de Janeiro de 1961 e seguida pelo 15 de Março de 1961.
Por sua vez, o general Clemente Cunjuca destacou a bravura dos intervenientes na Luta de Libertação Nacional, tendo sublinhado como mentores, dentre outros nomes, o padre Cónego Manuel das Neves, Neves Bendinha e Lúcio Lara que invadiram as cadeias de Luanda.
O general lembrou ainda que a Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE), procurou sempre desmantelar as organizações nacionalistas, facto que levou à prisão de vários cidadãos, bem como o assalto às cadeias.
Neste sentido, Clemente Cunjuca referiu que nesta época, os jovens consentiram um grande sacrifício, uma vez que abdicaram de tudo para lutar pela independência angolana.
Já a ministra da Juventude e Desportos, Ana Paula Sacramento Neto, considerou que o diálogo Intergeracional constitui um espaço privilegiado para a partilha de conhecimento entre gerações mais experientes com as mais novas, de tal forma que, a juventude seja o garante na preservação dos valores e ideias da idiossincrasia nacional.
Neste sentido, justifica ser necessário mobilizar a juventude angolana em torno das comemorações do 04 de Fevereiro e destacar a tenacidade e efeitos dos nacionalistas em prol da soberania do país.
Ana Paula Sacramento Neto apelou aos jovens à participação massiva nas eleições gerais de Agosto próximo, com civismo e patriotismo, para que o pleito ocorra num ambiente de paz e tranquilidade.
Segundo o porta-voz do Instituto Angolano da Juventude, José Mateus, até ao dia 04 de Fevereiro do ano em curso, decorrem nas províncias de Benguela, Huíla, Namibe, Moxico e Kwanza Norte, além dos encontros Intergeracionais, seminários sobre Defesa Nacional e Segurança Pública, bem como sensibilização da juventude. (In Angop)