Início Política General Higino Carneiro agastado com Arlindo Ngueva por falir o Banco Keve

General Higino Carneiro agastado com Arlindo Ngueva por falir o Banco Keve

por Redação

Arlindo Ngueva Narciso das Chagas Rangel, sobre quem pesa a acusação de ter falido o Banco Keve quando foi o presidente da Comissão Executiva daquela instituição bancária fundada pelo general Higino Carneiro, roubou dos seus cofres mais de 40 milhões de dólares

Higino Carneiro culpa Arlindo Ngueva pela falência do Banco Keve, pelo que, o general, é apontado como disposto a “acertar contas” com o gestor corrupto.

O Banco Keve está falido e, a qualquer momento, o Banco Nacional de Angola (BNA) vai retirar a licença e interditar a instituição bancária de Higino Carneiro.

Arlindo Ngueva, segundo fontes próximas do Banco Keve, além de se ter apropriado de mais de 40 milhões de dólares é também acusado de ter concedido créditos sem garantias a pessoas próximas a si.

Segundo opiniões competentes do sector económico nacional e não só, Arlindo Ngueva há muito que devia estar a contas com a justiça, mas tem sido bem protegido por diversas entidades ligadas ao poder e que, ao longo dos tempos, delapidaram o erário público angolano, aproveitando-se dos cargos que exerciam.

Recorde-se que Arlindo Ngueva das Chagas Rangel foi quadro do Banco de Poupança e Crédito (BPC), ainda bastante jovem. Contudo, cedo enveredou para caminhos que o levaram a perder a confiança do então PCA Paixão Júnior que o tinha guindado ao cargo de  director do Tesouro e Mercado, tendo sido afastado daquele banco público.

Quando da falência do BESA, Arlindo Ngueva era administrador executivo do mesmo e ainda participou na criação do Banco Económico. Na sequência, acabou por ser convidado para ser o novo presidente da Comissão Executiva  do Banco Keve.

Foi durante a sua gestão que um parecer de auditoria independente da Deloitte às contas de 2016 do Banco Regional do Keve (BKV) revelou que existiam insuficiências nas provisões criadas para prevenir o risco de perda de um volume de crédito cedido nos anos 2015 e 2016 e a manutenção operacional do banco.

A nota dos auditores externos às contas do banco levantaram dúvidas sobre a capacidade das provisões para crédito em situação irregular nos anos 2015 e 2016 e denunciou violação pelo banco de dois avisos e um instrutivo do BNA. “As insuficiências ameaçam o futuro operacional da entidade sob a gestão de Arlindo Ngueva Rangel”, alertava a Deloitte.

De acordo com o auditor, as insuficiências tinham origem no incumprimento pelo banco de três regulamentos do Banco Nacional de Angola (BNA), precisamente os avisos nº11/2014 e nº12/2014 e o instrutivo nº09/2015, relativos à “classificação de risco das operações de crédito concedido a entidades relacionadas”.

Apesar de o banco sob a gestão de Arlindo Ngueva Rangel ter feito um reforço para provisão de crédito de cobrança duvidosa, cedido nos anos 2016 e 2015, no valor de 6.926 milhões de kwanzas e de 2.858 milhões, respectivamente, o auditor independente não passou ao lado e pôs nota negativa ao balanço de 2016.

Assim sendo, o banco central deveria de imediato ter accionado os mecanismos da lei e Arlindo Ngueva deveria responder à justiça. Em vez disso, protegido por “interesses ocultos”, o gestor corrupto ainda acabour por ser nomeado para o Conselho de Administração do Banco Económico para desempenhar a função de administrador executivo.

Porém, conceituados analistas do sector consideram que “o lugar de Arlindo Ngueva é na cadeia”, assim como os seus “padrinhos” e “mentores”! JK

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