Início Política Administração do Banco Keve garante que não faliu, tem fundos próprios e está em processo de reestruturação

Administração do Banco Keve garante que não faliu, tem fundos próprios e está em processo de reestruturação

por Redação

Na sequência de notícias postas a circular na comunicação social angolana descrevendo que o Banco Keve estaria em falência técnica e, em consequência, a partir de Fevereiro próximo, a referida instituição financeira daria início ao processo de encerramento de algumas agências bancárias, a sua administração informou, através de comunicado, que o banco tem fundos próprios e está em fase de reestruturação

Um comunicado do Banco Keve, a que o Jornal 24 Horas online teve acesso, assinado pelo presidente do Conselho de Administração, José Pedro de Morais Júnior, informa que concluiu com sucesso o seu segundo aumento de capital, dispondo de fundos próprios acima dos exigidos pelo regulador (Banco Nacional de Angola), e que iniciou um processo de reestruturação com aposta nos serviços digitais.

Assim sendo, a administração do Keve garante que dispõe de fundos próprios suficientes, acima das exigências legais, e que não está em falência técnica, estando focado no saneamento e robustez do balanço.

Porém, confirma que serão encerradas algumas agências, sendo abertas outras, e negou que estejam a ser feitos despedimentos, havendo cerca de 60 pessoas cujos contratos não foram renovados.

O aumento de capital, segundo o comunicado, está avaliado em 24 mil milhões de kwanzas (38 milhões de euros). “Com isto, os fundos próprios do banco ultrapassam agora os 40 mil milhões de kwanzas [64 milhões de euros], muito acima do limite mínimo de 7,5 mil milhões de kwanzas [12 milhões de euros] exigidos pelo Banco Nacional de Angola”, lê-se no documento.

Com esta acção, especifica, o banco deu início a um processo de reestruturação interna que tem como objectivo dar resposta aos desafios colocados pela actual situação económica e está a transformar a sua estrutura de serviços, com aposta no digital, evidenciando confiança na economia angolana e nas suas enormes potencialidades.

Conforme foi anteriormente noticiado, o Banco Nacional de Angola (BNA) deveria retirar a licença e interditar a instituição bancária.

O Banco Keve, tem entre os seus 50 accionistas nomes como o de Manuel Carneiro, sobrinho do general Higino Carneiro (ex-ministro das Obras Públicas, e que já ocupou diversos cargos governamenatais), José Pedro de Morais Júnior, antigo ministro das Finanças de Angola, e André Luís Brandão, ex-ministro dos Transportes, entre outros.

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