Na sequência de uma decisão do Tribunal Constitucional, Adalberto da Costa Júnior foi afastado da liderança da UNITA, mas agora foi reeleito
Apitos, cornetas e “ye ye yés” efusivos saudaram, sábado (04), a eleição de Adalberto da Costa Júnior (ACJ) no XIII Congresso da UNITA, depois de o dirigente ter sido afastado da liderança do partido por decisão do Tribunal Constitucional (TC).
O TC deu razão, em Outubro, a um grupo de militantes que alegaram irregularidades no congresso de Novembro de 2019 que elegeu Adalberto da Costa Júnior, nomeadamente o facto de ter nacionalidade portuguesa à data da entrega da candidatura, obrigando a repetir o conclave.
O anúncio da eleição de ACJ, que concorreu sozinho neste acto eleitoral, ao contrário do que sucedeu em 2019 quando derrotou outros quatro candidatos, foi recebido no complexo do SOVSMO, quartel-general do partido do Galo Negro em Luanda, com explosões de alegria.
O anúncio foi feito pelo presidente da Comissão Eleitoral, Africano Pedro Kangombe, quando eram 21:15.
No congresso, votaram mais de mil delegados, estando presentes na sala, incluindo históricos da UNITA como os generais Kamalata Numa e Lukamba Gato, Alcides Sakala, e o presidente cessante Isaías Samakuva, que voltou à liderança do partido na sequência da destituição de ACJ.
O acto foi acompanhado também por convidados portugueses como o socialista João Soares e o chefe de missão adjunto da Embaixada de Portugal em Angola, José Correia, bem como diplomatas de outros países e representantes de outros partidos angolanos, como Justino Pinto de Andrade do Bloco Democrático.
A eleição de ACJ foi o culminar do terceiro e último dia do congresso, que teve inicio na quinta-feira (02). (In Observador)