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por Redação

O MPLA ganhou as eleições gerais de 24 de Agosto de 2022 por maioria absoluta. Consecutivamente, o seu líder e cabeça-de-lista, João Lourenço, foi reeleito como Presidente da República. Neste novo ciclo legislativo, o Chefe de Estado vai ser assessorado pela também eleita vice-Presidente da República. Desta feita, as exigências da governação são maiores e o mais alto mandatário da Nação tem de ser auxiliado por assessores competentes, dignos, empenhados e com foco numa governação isenta e apostada na melhoria e evolução constante dos problemas do país em geral. O Chefe de Estado deve escolher melhor os seus colaboradores directos, para evitar que seja enganado e induzido em erro, como aconteceu em diversas ocasiões no decorrer do primeiro mandato. As mudanças, não só de procedimentos, mas também de quadros, impõe-se. No decorrer do período eleitoral, abalizados analistas apontaram alguns nomes e o que deve mudar, começando pela Presidência da República, passando pelo Executivo, governadores provinciais e gestores de instituições públicas.

Japer Kanambwa

Várias têm sido as opiniões sobre os cinco anos do primeiro mandato de João Lourenço. Entre o bom, o regular e o mau, geralmente aponta-se o facto de o Presidente da República ter inserido no seu círculo restrito e no Executivo, elementos que não corresponderam às suas aspirações e retiraram a qualidade que se pretendia por desonestidade, vicíos adquiridos em outros tempos, fazendo do pelouro público como se de sua propriedade se tratasse, desrespeitando as leis e, principalmente, o cidadão angolano.

Nesta segundo mandato, o Presidente João Lourenço deve precaver-se e escolher melhor com quem poderá contar de facto para poder levar a “embarcação” a “bom porto”.

Para a Presidência da República cogita-se a seguinte equipa:

General Francisco Pereira Furtado

O ministro de Estado e Chefe da Casa Militar do Presidente da República, que substituiu outro general, Pedro Sebastião, no pouco tempo em que esteve no cargo, segundo as opiniões, não terá destoado e merece o benefício da dúvida, pelo que é um nome que pode permanecer.

Militar e comandante de reconhecida competência, foi chefe de Estado – Maior das Forças Armadas Angolanas; assim que assumiu a Casa Militar disciplinou e corrigiu discrepâncias que imperavam naquele departamento da Presidência da República e executou diversas tarefas, mostrando grande preocupação com a situação da segurança nacional e o nível elevado de criminalidade no país.

Francisco Furtado foi incentivando o Governo para trabalhar com afinco no sentido de melhorar cada vez mais a situação da segurança nacional, porque considera este aspecto, um factor determinante para que de facto o país esteja no rumo certo.

Adão de Almeida

Ao longo da sua carreira, o ministro de Estado e chefe da Casa Civil do Presidente da República, Adão Francisco Correia de Almeida, sempre demonstrou ser um quadro capaz, cumpridor zeloso dos seus deveres e, desde os cargos que ocupou anteriormente, nunca deu motivos para ser apontado pelo negativo.

No cargo actual não comprometeu e ajudou o Chefe de Estado em diversos assuntos, sendo por isso, uma boa aposta para os próximos desafios.

A sua postura educada e comprometida com o bem fazer têm-lhe valido créditos, inclusive de governos estrangeiros, que o consideram uma mais valia em termos de competência. Sendo um quadro ainda bastante jovem, deve ser melhor aproveitado e tem tudo para chegar mais longe. A sua manutenção não compromete.

 Ângela Bragança

Este experiente quadro dispensa apresentação. Pela sua maturidade e experiência, analistas consideram que seria ela o elemento ideal para secundar o cabeça-de-lista do MPLA como candidata à vice-Presidente da República.

No interior do MPLA, o seu capital político é maior do que o de muitos da sua geração e merecia mais consideração. Ângela tem  história no partido, boa bagagem intelectual e revolucionária e foi, inclusive, professora de muitos mais-velhos do partido.

Ângela exerceu diversos papéis no Governo, passando pelo Ministério das Relações Exteriores onde foi vice-ministra para a Cooperação e depois ministra da Hotelaria e Turismo, entre outros. Actualmente, é a secretária do Bureau Político do Comité Central do MPLA para a Política de Quadros, e mostra-se muito preocupada com os problemas da juventude, com o seu posicionamento e o prestígio social, buscando a superficialidade no ser e estar. Para ela, a formação e o emprego são canais que direccionam o rumo e sustentam a realização dos jovens e defende a necessidade da inserção desta franja na sociedade, a participação activa na construção da democracia, a identificação com os princípios e valores da cultura e da política, o processo de socialização e integração como indivíduo, na comunidade.

Por tudo isso e muito mais, é apontada como o melhor quadro para substituir Carolina Cerqueira como ministra de Estado para Área Social, considerando que esta vais substituir Fernando da Piedade Dias dos Santos, no cargo de presidente da Assembleia Nacional.

Edeltrudes Costa

O director do Gabinete do Presidente da República é outro quadro que deve permanecer no segundo mandato de João Lourenço. Edetrudes, no primeiro mandato, organizou a agenda do Presidente e tratou dos assuntos do Gabinete com empenho, serenidade e continua firme no seu posto como um verdadeiro “braço direito” do Chefe de Estado, em prol do desenvolvimento nacional e bem-estar do povo angolano. A sua continuidade só vai servir para melhorar o que não terá sido bem executado anteriormente.

Apesar de apontado como suspeito de envolvimento em conflitos de interesses e enriquecimento ilícito, acusações que têm sido rebatidas, João Lourenço deu-lhe o benefício da dúvida e, pela sua competência, integridade e verticalidade, manteve-o como director do seu Gabinete.

 Aia-Eza da Silva

A Secretária de Estado para o Orçamento e Investimento Público,  Aia-Eza Nacília Gomes da Silva, é vista por meios competentes do sector da economia e finanças, como a substituta certa do ministro de Estado para a Coordenação Económica,  Manuel Nunes Júnior, que é descrito como “descartável” porque não deu conta dos reais problemas que afectam a economia angolana e, enquanto líder da equipa, o seu desempenho, que se reflectiu no do próprio grupo, foi fraquíssimo e motivador da fuga de investidores internacionais que não se terão sentido atraídos por falta de medidas consentâneas que mudassem o estado da economia angolana.

Aia-Eza da Silva, quadro com bagagem e experiência bastantes no sector económico-financeiro, com provas dadas pelos muitos cargos por onde passou, conhecedora dos meandros e da funcionabilidade do meio, é apontada como o elemento catalisador que poderá revitalizar a coordenação económica e introduzir inovações que possam catalpultar o sector para o patamar que se almeja.

Teixeira Cândido

O actual Secretário-Geral do Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA), Amândio Teixeira João Cândido, também recebeu dos analistas  o voto de confiança para integrar a equipa presidencial, em substituição do jornalista Luís Fernando no cargo de assessor da Presidência da República para a Comunicação Institucional e Imprensa.

Para a classe em geral, Luís Fernando deixou a desejar e defraudou sobremaneira os anseios dos jornalistas angolanos.

Quanto a Teixeira Cândido, licenciado em Comunicação Social e Direito, é-lhe reconhecida competência, seriedade, empenho e rigor, pelo que, enquanto secretário-geral do SJA, tem-se debatido pela dignidade da classe em todos sentidos.

Igualmente, não tem poupado esforços para a edificação da sede nacional do SJA, criação de um centro de formação, implementação de carreiras profissionais nas empresas de comunicação social, mobilizar a classe para uma campanha nacional de institucionalização dos Conselhos de Redacção e constituir um Prémio de Jornalismo.

Assim sendo, Teixeira Cândido é o homem certo para o lugar certo. O Presidente da República só terá a ganhar, assim como a classe e o país.

Quanto aos demais assessores que existem na Presidência da República, a sua continuidade oo substituição depende do próprio Chefe de Estado que deve avaliar rigorosamente o seu desempenho e apostar em melhorias de facto.

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