A partir de Fevereiro próximo, o Banco Keve vai dar início ao processo de encerramento de algumas agências bancárias e atirar para o desemprego mais de 150 funcionários
Segundo notícia veiculada pelo “O País”, a medida prevê a redução de custos com o pagamento de aluguer de agências e salários. “Só a agência localizada na Rainha Ginga, o aluguer custava mais de 12 milhões de Kwanzas por mês”, disse uma fonte citada pelo jornal.
As agências a encerrar estão localizadas em Viana, Cacuaco e no Porto Seco (província de Luanda), assim como em algumas províncias do país.
O Banco Keve foi constituído em 2003, tendo como accionistas o general Higino Lopes Carneiro e esposa, Ana Maria Isaac, na condição de maiores accionistas, com 9,02%; general Manuel Hélder Vieira Dias ”Kopelipa”, com 2,57%; general Carlos Hendrik Vaal da Silva, com 2,57%; André Luís Brandão, com 2,57%; Ivan Leite de Morais, com 2,57%; José Amaro Tati, com 1,48%; Francisco José Ramos da Cruz, deputado do MPLA, com 1,39%; general Salviano de Jesus Sequeira “Kianda”, antigo ministro da Defesa, com 1,04%; general Armando da Cruz Neto, antigo Chefe de Estado Maior General das FAA, com 1,04%; general António dos Santos França “Ndalu”, com 1,04%; António André Lopes, actual PCA do Banco de Poupança e Crédito, com 1,04%.
Recorde-se que o Banco Keve foi por diversas vezes notícia, sobretudo quando o seu antigo presidente da Comissão Executica, Arlindo Ngueva Narciso das Chagas Rangel foi acusado de o ter falido em 2015, sendo também apontado como o “protector” dos interesses ilícitos do general Leopoldino do Nascimento “Dino”, e de outros “marimbondos”, no Banco Económico, onde passou posteriormente a desempenhar o cargo de administrador executivo.
Arlindo Ngueva foi então apontado de ser defensor dos interesses, bem como de encobrir as falcatruas financeiras de empresas “fantasmas”, não só do seu mentor, general Dino, de quem é o “testa – de – ferro” directo, mas também os de Manuel Vicente e Kopelipa, ou seja, do trio “Irmãos Metralha”, como a Geni e a Lektron Capital que beneficiaram ilegalmente de financiamentos do Estado, através da Sonangol, para a aquisição de participações sociais no Banco Económico. JK