Presidente de Angola, João Lourenço, assumiu em Addis Abeba, a presidência rotativa da União Africana (UA) e prometeu trabalhar ao serviço da paz e segurança no continente. Lourenço abordou ainda a questão das reparações e a importância do investimento estrangeiro no continente.
O líder angolano alertou que os “imensos problemas ligados à paz e segurança”em África “constituem um fator de bloqueio” ao desenvolvimento do continente. Perante um cenário de vários conflitos regionais, com o Sudão e a República Democrática do Congo no topo das preocupações, Lourenço assegurar trabalhar para encontrar soluções para a paz.
É ainda objetivo central do Presidente implementar políticas económicas e sociais que abram portas para o progresso africano. Como havia já indicado, é meta de João Lourenço criar “um vasto plano de atração de investimentos e de captação de recursos financeiros significativos” provenientes de fora do continente e aumentar o investimento nas infraestruras, um trabalho que pretende realizar em conjunto com a comissão da UA.
Para além do investimento estrangeiro, João Lourenço quer também aumentar a quotização de cada Estado Membro da UA, a fim de reduzir a dependência dos país africanos de outros países.
Segundo João Lourenço esse investimento é crucial para assegurar que os intentos da UA sejam cumpridos, nomeadamente, a superação da pobreza, fome e desemprego “reduzindo assim a probabilidade de conflitos armados e de emigrantes ilegais junto das suas fronteiras”.
“Destacou o contributo que Angola poderá prestar ao desenvolvimento de África, colocando ao dispor o excedente energético que tem, para a mitigação das necessidades de vários países neste domínio”, afirmou.
Na 38.ª cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da UA, João Lourenço recordou ainda a relevância que o Corredor do Lobito e os Caminhos de Ferro tanzanianos TAZARA, podem ter no comércio intra-africano e internacional.
É a primeira vez que Angola assume a presidência da organização de estados africanos, no mesmo ano em que o país comemora 50 anos de independência.