Num momento em que ainda decorre o julgamento do caso IURD, a polícia, à semelhança de outros acontecimentos contra esta igreja em outras localidades do país, teve um comportamento agressivo, espancando e prendendo pacatos cidadãos, fiéis da igreja no Soyo
Japer Kanambwa
Em véspera da sentença do tribunal sobre o caso IURD, o insólito acontece: membros e fiéis da Universal foram molestados e presos no Soyo e ainda por cima o templo local da igreja foi entregue à ala dos rebeldes.
Num momento em que se falava já em uma possível reconciliação entre as partes, diante da boa fé daqueles que apenas estão comprometidos com a sua crença, é deveras surpreendente o apoio que as autoridades continuam a dar descaradamente a quem só tem interesse nos bens materiais me detrimento de toda uma população de fiéis.
Assim sendo, numa carta de repúdio tornada pública, os obreiros e fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) repudiam a entrega da igreja do Soyo para a ala angolana, considerada por “rebeldes”, pelas autoridades locais e com a cobertura da polícia, como aliás tem acontecido ao longo de toda a escaramuça criada por elementos indignos e ávidos de poder, que começou em Luanda.
Como se não bastasse, a polícia, à semelhança de outros acontecimentos contra a IURD em outras localidades do país, teve um comportamento agressivo, espancando e prendendo pacatos cidadãos, fiéis da igreja no Soyo, crime é a sua fidelidade a Deus e reconhecimento à verdadeira liderança da igreja.
Mesmo com o processo em fase de julgamento e sem ter ainda transitado em julgado, as autoridades, em geral, por interesses obscuros, demonstram parcialidade apoiando os indivíduos que assaltaram e apoderaram-se de bens da IURD, espancaram pessoas simples ao ponto de pôr em risco a vida de um grande número de obreiros e fiéis.
Recorde-se que, os templos foram lacrados por ordem da Procuradoria Geral da República (PGR). Então, não se compreende que, com o julgamento a decorrer, templos há que estão a ser abertos à revelia e entregues à dita “ala rebelde”. Afinal, quem são os legítimos donos dos templos, entre outros bens da igreja, a IURD ou os rebeldes? Eis a questão!
Se a fé é a última coisa a morrer, os obreiros e fiéis da IURD têm fé que o Estado vai tomar uma decisão certa quanto à reabertura dos templos, uma vez que são milhares os fiéis que sofrem orando debaixo das árvores e o Estado não gostaria de ver mais de 500 mil fiéis a sofrer por não poderem realizar os seus cultos e orarem a Deus.
A direcção da IURD apela aos fiéis que constituem os diversos grupos da igreja, bem como a sociedade em geral, a manterem a calma, permanecendo serenos, porque a justiça Divina e a dos homens darão a solução, acreditando sempre nas leis vigentes em Angola, bem como no desfecho difinitivo do assunto.