O empresário e militante do MPLA, Mário Durão, fez um alerta contundente ao presidente do partido, João Lourenço, ao afirmar que a atual composição do comitê central (CC) representa um “erro grave” que pode comprometer as eleições de 2027. Durão pediu uma urgente identificação da proveniência dos membros do CC, sugerindo que muitos estão ali apenas em busca de cargos políticos, sem o verdadeiro comprometimento com o partido ou suas ideologias.
Em uma investigação realizada em várias províncias, Durão constatou que muitos integrantes do CC não possuem histórico de militância e, na verdade, estão a prejudicar o MPLA e seu líder. “Não podemos ir para as eleições com este comitê central. É um risco”, enfatizou, referindo-se às consequências das últimas eleições em 2022, onde o partido perdeu um número considerável de deputados.
A preocupação de Durão é clara: se a situação não mudar, os resultados nas próximas eleições poderão ser ainda mais desastrosos. Ele destacou que “essas pessoas não mobilizam e nem militam em nenhum cap,” ressaltando a necessidade urgente de reformular a liderança do partido para garantir um futuro político mais sólido.
Além disso, Durão enfatizou a importância de resgatar militantes que abandonaram o MPLA por desmotivação, afirmando que muitos deles nunca são reconhecidos, apesar de seu esforço pelo partido. “Quando alguém do bairro trabalhador vê seu trabalho reconhecido e é promovido ao comitê, o bairro fica em festa,” observou.
Para Durão, o MPLA pode conquistar uma vitória expressiva em 2027, mas para isso, é necessário rever a composição do comitê central. A mensagem é clara: a mudança é essencial para revitalizar o partido e assegurar um futuro promissor nas próximas eleições.
