A secretária de Estado para a Administração do Território, Teresa Luís José Fernandes Quivienguele, é descrita como estando a aproveitar-se das comemorações dos 50 anos da Independência Nacional para desviar fundos públicos e favorecer suas conveniências.
De acordo com notícias que circulam, fontes próximas da Comissão Interministerial acusam Teresa Luís José Fernandes Quivienguele, secretária de Estado para a Administração do Território, de ignorar produtores culturais experientes e de canalizar apoios milionários para pessoas sem qualquer ligação à cultura, escolhidas por afinidades pessoais e políticas.
“A Comissão autorizou transferências de 5 milhões de dólares para a empresa LS Repúblicano, do empresário Nino Republicano, e 250 milhões de kwanzas para apoiar o programa Viagem ao Passado, do radialista Afonso Quintas, realizado no Palmeiras Club, em Luanda”, descrevem.
Ao que consta, tal procedimento causou indignação entre os verdadeiros produtores culturais, entre outros actores sociais, que se dizem repetidamente excluídos das iniciativas de grande dimensão.
Um dos produtores, não identificados por razões óbvias, em tom de desabafos referiu que “quando há dinheiro, somos esquecidos. Mas quando é para trabalhar de graça nas campanhas, somos os primeiros a ser chamados”.
Assim sendo, as comemorações do 50.º Aniversário da Independência Nacional estão a ser manchadas por diversas dúvidas, sobre a transparência e o rigor na gestão dos recursos públicos disponibilizados para as referidas festividades.
O que deveria ser uma celebração nacional com pompa e circunstância, uma grande festa do Povo Angolano, está a transformar-se num símbolo de oportunismo e compadrio entre dirigentes corruptos e seus comparsas, revelando a degradação moral que continua a vigorar nas esferas do poder, aliados a malabaristas que usam a cultura como meio de enriquecimento e autopromoção.
Infelizmente, enquanto o povo sofre na miséria, os “sanguessugas” dançam e aplaudem a corrupção.
Enquanto o país se prepara para celebrar meio século de independência, a corrupção e o favoritismo continuam a ser “cabeças de cartaz”. (J24 Horas)
