Início Sociedade “A ENERGIA E A ÁGUA SÃO A BASE DO DESENVOLVIMENTO E DA DIGNIDADE HUMANA”, AFIRMA O MINISTRO JOÃO BAPTISTA BORGES

“A ENERGIA E A ÁGUA SÃO A BASE DO DESENVOLVIMENTO E DA DIGNIDADE HUMANA”, AFIRMA O MINISTRO JOÃO BAPTISTA BORGES

por Editor

O ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, afirmou que o investimento em infraestruturas eléctricas de base permitiu aumentar a produção de energia em Angola, embora ainda haja escassez em muitas áreas.

Numa extensa entrevista à Angop, no quadro das comemorações dos 50 anos de Independência Nacional, que se assinala a 11 de Novembro, o ministro João Baptista Borges, referiu que os investimentos públicos em infraestruturas eléctricas permitiram um aumento na produção de energia no país, possibilitando a interligação de 11 capitais de província ao sistema eléctrico nacional, com energia barata, a que se juntarão brevemente as províncias da Huíla e do Namibe, perfazendo 13 na rede nacional, com grande economia sobre as despesas com os combustíveis.


Segundo o ministro, a electrificação constitui um dos pilares fundamentais para o crescimento económico do país, especialmente para as micro, pequenas e grandes indústrias, que continuam a enfrentar dificuldades.


O governo angolano pretende atrair investimento estrangeiro para reforçar a conectividade energética regional e a capacidade de produção de energia, visando expandir o acesso à electricidade a todo país.
A meta é garantir que, o mais breve possível, a maior parte da produção de energia venha de fontes limpas, o que é considerado um dos maiores desafios do país. “Há uma meta para que, ainda em 2025, toda a energia instalada no país possa vir de fontes limpas, contribuindo para um menor custo e maior sustentabilidade”.


Angola está aberta a atrair investimento estrangeiro para fortalecer a conectividade energética com países vizinhos como a República Democrática do Congo e a Zâmbia.


O ministro também reconheceu a importância do acesso à água potável, outro obstáculo para o desenvolvimento sustentável em muitos países africanos. O governo tem trabalhado em obras de reabilitação de barragens e infraestruturas de distribuição de água para garantir um melhor abastecimento.


Neste sentido, as províncias de Luanda e de Icolo e Bengo vão beneficiar dos projectos de abastecimento de água de Quilonga Grande e Bita, que juntos pretendem atender mais de 10 milhões de habitantes e garantir o acesso à água potável para a grande maioria da população da capital até 2027.


O projecto Bita que está em curso e a sua conclusão está prevista para Dezembro de 2026, terá uma capacidade de produção de 250 milhões de litros de água por dia e visa beneficiar mais de dois milhões de habitantes nas regiões sul e sudeste de Luanda.


O projecto Quilonga Grande está com uma taxa de execução mais elevada e prevê-se que comece a produzir água em 2026.


Juntos, os projectos Quilonga Grande e Bita, com a reabilitação da capacidade existente, permitirão atender cerca de 13 milhões de habitantes. O fornecimento de água para as províncias de Luanda e de Icolo e Bengo atingirá 65% de cobertura até 2027.


João Baptista Borges descreveu que o vandalismo em equipamentos eléctricos e de abastecimento de água no país tem causado prejuízos anuais de mais de 50 milhões de dólares e afecta a expansão da rede eléctrica, com actos de vandalismo e furto de cabos, transformadores e derrube de postes de alta tensão. Estes actos prejudicam o fornecimento de energia, resultam em avarias e instabilidade no serviço, dificultando a implementação de novos projectos de expansão da rede eléctrica, além de colocarem em risco a saúde e segurança da população.


Até 2027, a carteira de investimentos do sector ronda os 22 mil milhões de dólares, destinados à expansão da rede eléctrica, à melhoria da distribuição de água e ao combate à seca no Sul do país, afirmou o ministro.


O objctivo passa por superar os 50% de acesso à electricidade e os 65% à água potável, assegurando sustentabilidade e inclusão social. “A médio prazo, o Plano Nacional de Desenvolvimento 2040 irá consolidar esses ganhos e definir novas metas para garantir que o crescimento das infraestruturas acompanhe o crecimento populacional”.

“A energia e a água são a base do desenvolvimento e da dignidade humana. Por isso o nosso progresso é o resultado da paz, da estabilidade e da dedicação dos quadros nacionais”, concluiu João Baptista Borges.

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