O Presidente da República de Angola, João Lourenço, realiza uma visita de Estado de dois dias à França, respondendo a um convite oficial do seu homólogo francês, Emmanuel Macron.
Esta visita, inicialmente agendada para Novembro de 2024, foi adiada por razões logísticas e marca um novo capítulo nas relações bilaterais entre os dois países.
O Presidente João Lourenço retribui, assim, o convite feito por Emmanuel Macron durante a visita deste último a Angola, em Março de 2023, como parte de um périplo por diversos países africanos.
Na ocasião, Macron destacou o potencial estratégico de Angola, especialmente nos sectores da agricultura, energia e cultura, reforçando o compromisso da França em consolidar parcerias de longo prazo no continente.
A cooperação com a França no domínio da energia eléctrica consta da agenda do Presidente angolano em Paris, que incluirá reuniões de alto nível com o Presidente francês e outros membros do governo, além de encontros com líderes empresariais e representantes de organizações internacionais.
O Chefe de Estado angolano reiterou o interesse em cooperar nos domínios de agricultura, água e pecuária, transformação de produtos do campo, pescas, turismo e energia.Espera-se que as discussões se concentrem em temas como cooperação económica, investimentos mútuos, segurança regional, transição energética e mudanças climáticas.
O Presidente João Lourenço conta com a França para a transição energética e fontes amigas do ambiente, uma aposta que Angola já fez há algum tempo e conta com ‘know-how’ francês e investimento de empresas francesas neste domínio.
A relação entre Angola e França tem conhecido avanços notáveis, especialmente nas áreas da educação, saúde e tecnologia. Esta visita pretende reforçar essas colaborações e explorar novas oportunidades de parceria, alinhadas aos interesses estratégicos de ambas as nações.
A presença de João Lourenço em França sublinha a importância de uma diplomacia ativa e o compromisso de Angola em fortalecer os laços com parceiros globais, numa altura em que o país procura diversificar a sua economia e aumentar o fluxo de investimentos estrangeiros.
Recorde-se que o Ministério da Energia e Águas almeja atingir, até 2027, uma taxa de acesso à electricidade de 50 por cento, correspondente a cerca de 16 milhões de habitantes.De acordo com o ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges,, atingir a meta de acesso de 50 por cento da taxa de electricidade representa a concretização de mais de 1.250.000 novas ligações domiciliares em todo o país.
Actualmente, Angola tem taxas de acesso à energia eléctrica e à água potável nos patamares dos 44 e 56 por cento, apesar dos significativos investimentos já realizados, pelo que é crucial que o sector se capacite cada vez mais e melhor para garantir a sustentabilidade da actividade que desenvolve, o que implica possuir capacidade efectiva de manutenção das infrastruturas existentes, observância de boas práticas na gestão da coisa pública, eficiência na gestão das receitas, adequada capacidade técnica dos quadros técnicos das empresas e institutos, dentre outras condições.
Quanto à água potável, o governante considera fundamental que o Ministério seja capaz de concluir a construção dos dois grandes sistemas de abastecimento nos próximos anos: o Bita e o Quilonga.Está em execução um conjunto de projectos no sector de Águas, avaliados em mais de 500 milhões de dólares, pacote que inclui a reabilitação e modernização de sistemas de abastecimento de água em várias localidades do país, capacitação institucional das empresas provinciais de água e saneamento e a projecção de sistemas de saneamento para sete cidades costeiras, entre outras. (J24 Horas)
