Início Política Ricardo de Abreu de escândalo em escândalo ante o silêncio do Presidente da República

Ricardo de Abreu de escândalo em escândalo ante o silêncio do Presidente da República

por Redação

O ministro dos Transportes, Ricardo de Abreu, uma vez mais é notícia pela negativa. Como se diz na gíria “o rapaz não ouve, deixa…”. São demais os escândalos que o envolvem volta e meia e de todos calibres. Mas o “mwandié” parece que não tem amor próprio, porque a não ser verdade o que lhe acusam, devia pôr o cargo à disposição e processar quem o calunia. Mas como não tuge nem muge e “quem se cala consente”, “algo algum”, já dizia o Man Ré

Depois de acusado recentemente de sobrefacturação na compra de dois edifícios para o Ministério dos Transportes, um caso que não terá sido bem esclarecido, logo foi apontado como envolvido no desvio de um milhão e meio de dólares da TAAG.

Agora, bem no início de 2023, Ricardo de Abreu já surge em outra polémica por querer comprar  500 autocarros por ajuste directo à Adone Project, empresa citada em caso de corrupção internacional e branqueamento de capitais.  

A referida empresa apenas mudou de nome e é a mesma que, anteriormente, fez com que o ministro dos Transportes, Ricardo de Abreu, fosse acusado de falta de transparência e de apropriação de avultadas somas do erário público, através de sobrefacturação aos preços reais de aquisições efectuadas pelo Governo angolano.  

Na altura, o caso teve a ver com 136,6 milhões de dólares disponibilizados para aquisição de autocarros, dos quais foram gastos apenas 112 milhões num contrato celebrado com a Asperbras Lda, a tal que agora se chama “Adone Project”, empresa considerada corrupta.  

Agora, de acordo com notícias postas a circular, trata-se da aquisição de mais 500 autocarros que o Presidente da República autorizou, no âmbito do procedimento de contratação simplificada (ajuste directo), tendo Ricardo de Abreu preferido a empresa Adone Project Management, antiga Asperbras, citada em caso de corrupção internacional e branqueamento de capitais que envolve a família do Presidente Denis Sassou-Nguesso.

O despacho presidencial de Novembro era omisso quanto à empresa responsável pela venda dos 500 autocarros e deixava a dúvida se iria acontecer o que sucedeu com os 1500 adquiridos pelo Ministério dos Transportes em 2017, comprados também no âmbito do Programa da Mobilidade Escolar: um contrato celebrado com  Asperbras Lda,  actualmente Adone Project Management, uma sociedade registada em Luanda, mas que tem como sócio maioritário a Asperbras Development LLP, uma companhia sedeada nas Ilhas Virgens Britânicas, conhecido paraíso fiscal, e cujos sócios maioritários são os brasileiros José Roberto e Francisco Carlos Colnaghi.


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Em meio a tanto escândalo, o Presidente da República continua impávido e sereno e não move uma palha para confirmar ou desconfirmar as acusações. “Até parece que há conivência”, alega-se em meios sociais.

Os problemas dos Transportes Públicos continuam muito mal e as populações sofrem com a desorganização, desleixo e carências nessa área, o que tem acarretado enormes prejuízos aos cofres do Estado.  

Foi prometido publicamente e muito se falou numa melhoria paulatina com a introdução de novos autocarros em todo país, com Luanda a beneficiar da maior percentagem, porém a situação não terá melhorado sobremaneira, por culpa também do mau estado das estradas que, a cada dia, vai piorando.  


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