O Presidente da República, João Lourenço, iniciou sexta-feira, 02 de Agosto, uma visita de trabalho a Ondjiva, na província do Cunene. Durante sua estadia nas terras de Mandume, o Chefe de Estado angolano realizará diversas actividades, havendo a destacar a garantia da continuidade do programa de combate à seca no sul de Angola, a inauguração do Hospital Geral de Ondjiva, realização do Conselho de Governação Local e a visita ao município de Cuvelai, onde está em construção a Barragem do Ndue.
O Titular do Poder Executivo, durante os três dias da sua visita de trabalho ao Cunene, inaugurou na sexta-feira (02), em Ondjiva, o Hospital Geral do Cunene denominado “General Simione Mucune”.
Acompanhado da Primeira-Dama, Ana Dias Lourenço, o Presidente da República descerrou a placa do novo complexo hospitalar com capacidade para 200 camas, situado no bairro Naipalala III, no município do kwanhama.
A infra-estrutura ocupa uma extensão de 82.000 m² e uma área construída de 14.406,92m² , foi dimensionado para atender a população da província do Cunene e municípios fronteiriços, reduzindo, deste modo, as evacuações para o país vizinho, a Namíbia.
Já neste sábado (03), o Presidente da República orienta o Conselho de Governação Local, com a presença de todos os governos provinciais e ministros responsáveis pelos diversos pelouros no Executivo.
A jornada de trabalho do Chefe de Estado termina no domingo (04) com uma visita ao município de Cuvelai, onde está em construção a Barragem do Ndue, uma iniciativa do Governo para combater os efeitos da seca no Sul de Angola.
Este empreendimento hídrico beneficiará mais de 50 mil famílias e assegurará água para cerca de 60 mil cabeças de gado.
O Presidente da República, João Lourenço, assegurou que o governo vai continuar a executar os projectos integrados no Programa de Combate aos Efeitos da Seca no Sul de Angola (PCESSA), que visam garantir a sobrevivência humana e animal, sobretudo em zonas de prolongado período de estiagem.
“Não demos sinal de fraqueza e muito menos de recuo. Este grande programa é para ser levado até ao fim”, garantiu o Chefe do Executivo.
As barragens construídas localmente, do Calucuve e Ndue, vão minorar as carências das populações, ao facilitar a criação de gado, a prática da agricultura e a produção de peixe, principalmente com o projecto de Calucuve, tendo em conta a dimensão da sua albufeira.
Para o Presidente João Lourenço, o programa de combate à seca é ambicioso. Por isso, “não descuramos a necessidade de mobilizar recursos financeiros para, faseadamente, irmos executando o programa na sua totalidade”.
Apesar do actual contexto financeiro do país, João Lourenço tem garantido que não haverá recuo na implementação do programa de combate à seca.
Segundo o Presidente, em pronunciamento anterior, “o que pode haver é alguma dificuldade em mobilizar recursos tão avultados. Estamos a falar de muito próximo de três mil milhões de dólares para a execução de todo programa, que teve início com o projecto CAFU, que passa por estes dois, o Ndué e o Calucuve, e a Cova do Leão, que vai acabar por servir também a província da Huíla”.
Quanto ao novo hospital, inaugurado pelo Presidente da República, possui capacidade para 220 camas e representou um investimento superior a 52 milhões de euros. Esta infraestrutura substitui o antigo edifício, que foi devastado por um incêndio em Outubro de 2020.
A unidade sanitária oferece diversos serviços especializados, destacando-se psiquiatria e hemodiálise, que antes eram inexistentes na província.
Com isso, espera-se uma redução significativa na evacuação de doentes para as regiões da Huíla, Benguela e Namíbia.
O modelo de presidencialismo aberto adoptado pelo Presidente João Lourenço permite uma fiscalização mais próxima das ações do Executivo, garantindo uma gestão mais eficiente e transparente. (J24 Horas)