Início Política Membros de “peso” do MPLA no Huambo para travar avanços da oposição

Membros de “peso” do MPLA no Huambo para travar avanços da oposição

por Redação

A opacidade da acção mobilizadora do MPLA, no Huambo, é indesmentível, a escassos dias da ida às urnas. Há pouca ou quase nenhuma capacidade de mobilização por parte do secretariado local, liderado por Lotti Nolika, em convencer o eleitorado.

Em política não há, dificilmente, coincidências. A movimentação de membros do topo é resultante, normalmente, por imposição dos adversários. Se houver um vazio, este será ocupado pela oposição sem oposição do partido de governo.

O MPLA, como um partido calejado, soube ler, com antecipação, este vazio, pelo que despachou para o Huambo membros “pesos pesados” para avaliarem a situação política na região.

A comitiva, encabeçada pela vice-presidente Luísa Damião, chegou ao Planalto Central consciente de que o trabalho local não estava a correr dentro dos preceitos em tempo de período eleitoral. A “cacique” Lotti Nolika estava a precisar de um abanão para despertar da letargia política.

É assim que Mário Pinto de Andrade, membro de acompanhamento à província do Huambo, e Boavida Neto, ex-secretário-geral do partido, se desdobraram, por estes dias, pelos municípios do Cachiungo e Bailundo, a fazerem trabalhos básicos de sensibilização e mobilização, que era tarefa de responsabilidade dos membros locais.

Lotti Nolika, Adérito Chimuco, Dolina Miguel e outros membros têm se revelado pouco acutilantes. A “expedição” partidária enviada ao Huambo foi um claro indicador de que a província corre sérios riscos, por vontade popular, em cair nas mãos da oposição, a 24 de Agosto, por inactividade do secretariado local do MPLA.

Mas em política as coisas não são como se começam, mas como se terminam. Há, ainda, tempo para se corrigir a opacidade da mobilização. O MPLA tem activo para inverter a situação e manter a hegemonia de maior força política no Huambo.

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