Militantes do MPLA, entre demais cidadãos, estão deveras agastados com a governadora Mara Quiosa, pela real situação em que vive aquele povo, nomeadamente o da “cidade” de Caxito, assim como por considerarem que a sua província, apesar das suas riquezas naturais e potencial agrícola, continua a ser a mais atrasadas do país
A governadora da província do Bengo, Mara Baptista Quiosa, apesar da sua aparente tranquilidade na direcção daquela circunscrição próxima de Luanda, tem vivido alguns constrangimentos diante de contestações manifestadas por diversas franjas da sociedade local, com destaque para militantes do MPLA, que não concordam com a contínua falta de iniciativas e de vontade política para melhorar e desenvolver aquela parcela do território nacional.
Os militantes do partido que governa Angola desde a independência, entre demais cidadãos, estão deveras agastados com a real situação em que vive aquele povo, nomeadamente o da “cidade” de Caxito, porque consideram que a sua província, apesar das suas riquezas naturais e potencial agrícola, continua a ser a mais atrasadas do país.
Por outro lado, o descontentamento tem a ver também com o facto, na opinião local, de nunca ter sido nomeado para o Bengo “um bom governador”, alguém que se identifique realmente com os problemas do povo. Aliás, actualmente, a província está votada à uma sonolência de fazer dó, tal é a falta de dinâmica da governadora Mara Quiosa.
Assim sendo, os militantes concluem que o Bengo é uma terra esquecida, mesmo estando próxima da cidade capital do país, Luanda, o grande centro das decisões. A última visita do Presidente da República, que nada viu e/ou decidiu, deixou os seus habitantes bastante melindrados. Portanto, “sempre que um Presidente vem visitar esta cidade, os governantes escondem os reais problemas e mostram uma província que não existe”, lamentam.
Segundo os populares, em relação à visita de João Lourenço, “alguns militantes do MPLA queimaram pneus no meio da estrada para mostrar o grau de descontentamento do povo, porque não podemos admitir que uma ‘cidade’ como Caxito, não tenha nenhuma estrada asfaltada. Será que estes governantes não sentem vergonha da miséria extrema do povo que os elegeu para estarem onde estão?”, questionam.
Pela letargia governativa da também primeira secretária do MPLA nas terras do “Jacaré Bangão”, a quem se aponta ainda pouca preocupação com o progresso da província e o bem-estar das suas populações, não se sabendo o que tem sido feito com os dinheiros públicos que têm sido destinados para a realização de projectos de que só se ouve falar, mas nunca são concretizados, os militantes do partido no poder e os habitantes de Caxito em geral exigem a exoneração imediata de Mara Baptista Quiosa e que seja substituida por alguém idóneo, capaz e comprometido, de facto, com a realização daquela província e do país! (Com agências)