Início Política Má gestão e corrupção constituem a “nova guerra” de Angola

Má gestão e corrupção constituem a “nova guerra” de Angola

por Redação

Ainda não se pode falar de paz efectiva, pois, o país continua a ser palco de pobreza extrema, onde dezenas de famílias sobrevivem dependendo de restos de comida deixados nos contentores de lixo

A má gestão da coisa pública, a corrupção e o uso indevido dos bens comuns são as novas guerras que devem ser combatidas para que haja paz efectiva em toda Angola, disse o activista cívico Mbanza Hanza.

O seu ponto de vista reflecte a opinião de muitos angolanos que afirmam que o calar ds armas há 20 anos não se reflectiu na paz social e na melhoria da condição de vida dos angolanos.

Analistas reflectindo sobre os mais vários problemas da vida política, social e económica de Angola nos 20 anos do alcance da paz e da reconciliação nacional, celebrados a 4 de Abril último, destacam que, na sua opinião, ainda falta vontade política do governo para que haja de facto paz social no país.

O activista cívico Mbanza Hanza afirmou que o processo de paz em Angola, embora o calar das armas seja um facto, ainda é embrionário.

“A coisa mais importante que conseguimos fazer foi parar o derramamento de sangue através das armas”, disse.

“Nós agora derramamos de forma indirecta: através da má gestão do que é público, da corrupção e do facto de nos agarrarmos às cores (partidárias) e não ao país e aos valores comuns”, acrecentou.

Hanza diz que embora as armas tenham sido caladas, ainda não se pode falar de paz efectiva, pois, o país continua a ser palco de pobreza extrema, onde dezenas de famílias sobrevivem dependendo de restos de comida deixados nos contentores de lixo.

A situação da fome e da pobreza, segundo Mbanza Hanza, é resultado de uma visão pouco clara sobre os objectivos do Governo em relação a este problema, que antes de tudo precisa de uma redefinição de políticas para todos os sectores.

Reflectindo sobre o sector de ensino em Angola, Chocolate Brás disse haver “irresponsabilidade do governo” no que respeita a gestão destes sectores-chave para o desenvolvimento do país.

“Nunca tivemos tanta gente irresponsável num governo, como temos actualmente”, disse o investigador e docente universitário, que cita como exemplos as promessas de tablet e manuais escolares para os alunos do ensino primário, mas que até à presente data não foi realizada. (In VOA)

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