“IGAE situa-se no primeiro plano do combate à corrupção em Angola”, disse hoje, em Luanda, o inspector-geral, Sebastião Gunza, depois de um encontro de trabalho com o embaixador do Reino Unido em Angola
Santos Pereira
Falando à comunicação social depois de um encontro com o actual embaixador do Reino Unido em Angola, Roger Stringer, esta quarta-feira (13), em Luanda, o inspector-geral da Inpescção Geral da Administração do Estado, Sebastião Gunza, disse que o encontro gravita à volta das relações bilaterais já firmadas com a Embaixada do Reino Unido, com a anterior embaixadora, Jessica Hand.
Durante o encontro com o diplomata britânico, Sebastião Gunza frisou que o combate à corrupção em curso em Angola, enquanto elemento chave no processo de reformas em curso no país, foi abordado, estando o Reino Unido interessado em saber como está a ser processado em Angola e, além de apoios que possam ser prestados nesse âmbito, quer partilhar experiências com a IGAE.
Assim sendo, o inspector-geral foi convidado, uma vez mais, a visitar o Reino Unido, visando o estreitamento de relações com instituições congéneres daquele país europeu.
O convite, segundo Sebastião Gunza, depois de já ter sido formulado pela anterior embaixadora do Reino Unido, Jessica Hand, foi agora reiterado por Roger Stringer, o actual embaixador, com o objectivo de conhecer o funcionamento e mecanismo de transparência, boa governação, combate à corrupção e alguns detalhes que possam ajudar no trabalho da IGAE.
Sebastião Gunza sublinhou que Angola está a ser conhecida no mundo por causa das reformas que faz há um pouco mais de quatro anos. “Há todo um interesse do mundo em estabelecer relações de cooperação com as instituições nacionais, principalmente com aquelas ligadas à transparência, combate à corrupção e boa governação”, salientou.
O chefe da IGAE acrescentou que este interesse do mundo por Angola resulta do crescimento que o país vem registando no capítulo da transparência, apesar de ainda haver resquícios de corrupção nas instituições. Porém, muitas práticas de apoderação indevida de bens e fundos públicos, tem sido combatida e, actualmente, diante de um maior controlo da coisa pública, a situação melhorou bastante e já se verifica maior respeizto e responsabilidade, tanto da parte de governantes como de gestores.
Sobre as empresas públicas, referiu que a IGAE direcciona a sua acção para assegurar que os administradores públicos não utilizem, de modo indevido, abusivo e ilegal, as receitas arrecadadas ou geradas por conta e em nome do Estado.
Quanto ao processo de desconcentração e descentralização administrativa, a instituição intensificou as acções de fiscalização nos órgãos locais, para expurgar os gestores que agem à margem da lei.
“Ainda somos uma instituição muito jovem mas estamos conscientes de que a história dessa gloriosa IGAE é resultado de uma construção permanente e ininterrupta de todos aqueles que acreditam que a força do conjunto é mais do que a soma das individualidades”, enfatizou.