Fátima Jardim, embaixadora na Itália e representante permanente de Angola na FAO, disse esperar que o número de projectos e seus valores aumentem este ano, essencialmente os ligados à transformação dos sistemas alimentares, à realização dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), a multiplicação das escolas de campo e o apoio ao combate à seca e aos flagelos no sul de Angola
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) aprovou este mês um valor adicional de 60 milhões de dólares para reforçar o apoio de programas de emergência, de segurança alimentar e nutricional, e de desenvolvimento em curso em Angola, anunciou o director geral, QuDongyu.
Esse valor vem reforçar os 38 milhões de dólares disponibilizados em 2021 em programas da FAO de segurança alimentar e nutricional, agricultura familiar e cadeias de valor e resiliência, mudanças climáticas e de emergência. O dinheiro foi aplicado no combate à pobreza, à seca e à desertificação no sul do país, às pragas de gafanhotos, à criação de escolas de campo, no programa de merenda escolar e de melhoria nutricional.
Segundo uma nota de imprensa da Embaixada de Angola, em Roma (Itália), citada pela Angop, o director geral da FAO fez esse anúncio durante um encontro anual, que decorreu de forma virtual, cujo objectivo era analisar o trabalho desenvolvido em 2021.
QuDongyu felicitou, no evento, o Governo Angolano pelas reformas que estão a ser empreendidas e manifestou a continuidade do apoio de sua instituição para a resiliência do sector produtivo primário e capacitação para que a recuperação produtiva económica e a nutrição possam apoiar o desenvolvimento do país e da Região Africana.
Reafirmou, de igual modo, o seu compromisso pessoal de continuar a ajudar África a caminhar para o desenvolvimento, destacando, por outro lado, a importância das reformas que estão a ser realizadas pela FAO, que durante anos centrou-se na distribuição de alimentos, mas que agora adoptou uma estratégia diferente como a promoção da solidariedade e a troca de experiências entre os Estados membros da mesma região ou de regiões que enfrentam os mesmos desafios, buscando soluções locais integradas.
Por sua vez, a embaixadora de Angola na Itália e representante permanente do Estado angolano junto da FAO, Fátima Jardim, que participou do fórum, felicitou o trabalho realizado, as reformas introduzidas e encorajou a contínua priorização da resolução dos problemas de alimentação, nutrição e desenvolvimento do continente africano.
Expressou os seus agradecimentos pelo apoio da FAO a Angola, assim como o trabalho efectuado, particularmente a colaboração no programa de luta contra a seca e às queimadas no sul de Angola.
Fátima Jardim disse esperar que o número de projectos e seus valores aumentem este ano, essencialmente os ligados à transformação dos sistemas alimentares, à realização dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), a multiplicação das escolas de campo e o apoio ao combate à seca e aos flagelos no sul de Angola.
Informou também ao director geral da FAO que Angola assumiu a presidência rotativa da CPLP e espera a colaboração da instituição na implementação da estratégia de segurança alimentar e sobre o objectivo do Fundo de Solidariedade Africana presidido por Angola, tendo pedido o seu apoio para a mobilização de recursos necessários para o seu normal funcionamento.
(In Angop)