Início Política Administrador do Dirico “perde o norte” e proibe a  população de acessar o portal Jornal 24 Horas

Administrador do Dirico “perde o norte” e proibe a  população de acessar o portal Jornal 24 Horas

por Redação

O administrador municipal do Dirico, Miguel Kassela, que se encontrava foragido do seu local de trabalho há quatro meses, regressou àquela zona no passado dia 19, por volta das 11h46, depois das várias denúncias deste jornal. Porém, logo à chegada, ameaçou retaliar todos quantos se “atrevam” a consultar o portal de notícia “Jornal 24 Horas”; quem o fazer será expulso daquela circunscrição

Domingos Kinguari

O administrador municipal, à sua chegada, era acompanhado pelo director do seu gabinete na sua viatura, conduzida pelo seu motorista identificado apenas por Lino. Numa acção combinada, depois de algumas horas, apareceu o presidente municipal da Comissão Nacional Eleitoral.

Conforme o que foi apurado, Miguel Kassela proibiu a população de aceder o site do Jornal 24 Horas, porque este tem estampado, nos últimos dias, diversas notícias que revelam as incongruências e desmandos que têm sido cometidos na  administração municipal local. «Quem for apanhado a visitar o portal, ou mesmo comentar as notícias sobre o município do Dirico será expulso, vai ser considerado criminoso e também vai perder todos os direitos», alerta uma fonte.

Segundo as várias notícias veiculadas por este portal, o administrador Miguel Kassela está obcecado em permanecer no cargo, já que tem sido para ele uma «mina de ouro» . Por exemplo, «no dia 18 último, mandou concentrar na sede municipal sobas e regedores que foram instruídos para clamarem, implorarem, bajularem ao actual governador provincial, José Martins, para o mesmo não ser exonerado», referem as informações chegadas à nossa Redacção.

As autoridades tradicionais que estiveram no referido encontro, foram instruídas pelo administrador municipal adjunto, identificado apenas de Tobias, que por sinal é cunhado de Miguel Kassela. Os que compunham a delegação eram pessoas idosas com idades compreendidas entre 69 a 73 anos. «Com este ‘truque’ pode-se entender a preocupação dos indivíduos em não deixar os cargos naquela circunscrição para continuarem a enriquecer de forma ilícita, tal como perspectivaram. Em plena pandemia, não se coibiram em concentrar pessoas com idades avançadas para garantirem os seus interesses maquiavélicos. Alguns idosos vivem em localidades longínquas e foram transportados a altas horas da madrugadas», denunciam.

As informações avançam que os mesmos sobas fizeram as suas refeições na casa de passagem da administração municipal e pernoitaram em casa do chefe dos transportes do MPLA, um tal de Kanjila. «Tudo para garantir o apoio dos mais velhos e encobrirem as roubalheiras desmedidas e sem nexo que têm realizado, ante o silêncio e a cobertura das autoridades, já que ninguém investiga os vários crimes daquele edil», sublinha-se.

A fonte refere que, àquelas autoridades tradicionais lhes foi prometido, em jeito de corrupção, valores monetários, charruas e sementes «para defenderem junto do governador provincial a continuação de Miguel Kassela no cargo de administrador municipal do Dirico, quando começar a efectuar as suas mexidas». Contudo, acrescenta, os pagamentos prometidos só acontecerão «depois de confirmada a sua permanência no cargo», enfatiza.

Ainda de acordo com a mesma fonte, as populações do Dirico já não querem que Miguel Kassela continue à frente da administração daquele município, nem tão pouco os que integram a sua ‘camarilha de ladrões’.

  «Não posso falar sem a permissão da minha equipa»

Em conversa telefónica, no passado dia 18, com o articulista deste Jornal, Miguel Kassela garantiu: «nunca estive foragido da província e espero que não estejas a gravar a nossa conversa. Mas antes de reagir às informações, preciso falar com a minha equipa de trabalho para ver se nos interessa reagir ou não. Mas podemos dizer que as pessoas que lhe têm pago não estão a falar a verdade. Vamos pensar se respondemos às vossas informações ou agimos judicialmente», ameaçou.

Até à edição desta matéria, Miguel Kassela ainda não reagiu nem disse se a sua equipa lhe permitiu falar ou não ao nosso jornal. Mas aqui fica o alerta: Ninguém neste órgão de Comunicação Social está a ser pago para atacar seja quem for. Apenas estamos a fazer o nosso trabalho de informar o público e vamos continuar a denunciar os crimes que acontecem no Dirico, assim como em outros municípios do país. Voltaremos! 

Poderá também achar interessante