O Tribunal de Contas de Angola encerrou a sua participação na 21.ª Reunião do Conselho Directivo da AFROSAI-E com uma comunicação marcante, apresentada pela Veneranda Juíza Conselheira Olinda França Cardoso, em representação do Juiz Conselheiro Presidente, Dr. Sebastião Domingos Gunza.
De 19 a 23 de Maio, o Tribunal de Contas de Angola marcou presença activa na 21.ª Reunião do Conselho Directivo da AFROSAI-E, realizada nas Ilhas Seycheles, com a participação da Veneranda Juíza Conselheira Olinda França Cardoso, em representação do Juiz Conselheiro Presidente, Dr. Sebastião Domingos Gunza.
Na cerimónia de encerramento, a Dra. Olinda França Cardoso, destacou os principais desafios e avanços da fiscalização em Angola, com especial atenção ao acompanhamento de grandes obras públicas — como as estradas nacionais, as centrais solares e os projectos de combate à seca no sul do país.
Só a auditoria às estradas nacionais envolve mais de 3.800 km em análise e investimentos superiores a 320 milhões de dólares.
A Juíza Conselheira evidenciou ainda o papel do Tribunal no reforço da transparência, na boa gestão dos recursos públicos e no fortalecimento da confiança dos cidadãos nas instituições, realçando também a modernização em curso no Tribunal, com aposta clara na transformação digital, na capacitação técnica dos auditores e na harmonização com normas internacionais.
Durante a sessão de encerramento, ficou bem patente o compromisso de Angola com a cooperação internacional e com a fiscalização pública de excelência. O Tribunal de Contas reforça, assim, a sua posição nas redes africanas de controlo externo e prepara-se para assumir, ainda este ano, a presidência da OISC-CPLP.
“Angola está na linha da frente da boa governação financeira”, rematou a magistrada.
Recorde-se que, na sessão da Revisão Estratégica 2025, definiram-se os principais eixos de actuação da organização africana para os próximos cinco anos no domínio da: Sustentabilidade estratégica; Auditorias de qualidade e baseadas em risco; Digitalização e inovação tecnológica; Capacitação técnica das equipas e fortalecimento institucional das ISC.
A presença de Angola neste importante fórum internacional reforçou o empenho do Tribunal de Contas em adoptar boas práticas de governação, fortalecer os mecanismos de controlo externo e consolidar a confiança dos cidadãos nas instituições públicas.
Angola prepara-se ainda para assumir, em 2025, a presidência da OISC-CPLP, reforçando o seu papel de ponte entre os países de expressão portuguesa e os espaços africanos de excelência fiscalizadora. (J24 Horas)