Início Sociedade Sociedade repudia protestos violentos, agressões e vandalização de bens protagonizados em Luanda

Sociedade repudia protestos violentos, agressões e vandalização de bens protagonizados em Luanda

por Redação

O protesto violento que se registou no período da manhã de segunda-feira (10), em que foram cometidos diversos actos de vandalismo e a destruição de património público e privado, está a ser bastante criticado pela sociedade em geral

Cidadãos de vários círculos sociais repudiam e condenam veementemente os actos de pura bandidagem, de vandalismo descontrolado e bárbaro de cidadãos que se terão revoltado pela paralização do serviço de táxis.

Na realidade, porém, as atutudes tomadas por tais indivíduos, que barricaram estradas, incendiaram pneus na via pública e protagonizaram um tumulto descontrolado, afectou em grande medida pessoas inocentes.

Muitos foram os cidadãos que foram impedidos de circular e até obrigados a aderir contra a sua vontade às arruaças, para não sofrerem retaliação. Muitos outros sofreram agressões e até perderam bens como telemóveis, valores monetários e documentos pessoais. Muitas viaturas também foram vandalizadas e edifícios particulares.

A situação mais grave aconteceu no Benfica, em Luanda, onde, para além dos actos já relatados,  houve destruição de património e fogueiras nas ruas, foi incendiado o comité distrital do MPLA, bem como foi também queimado um autocarro do Ministério da Saúde.

Contudo, os protestos aconteceram também em Viana e Cacuaco, com os taxistas das associações que aderiram à greve a impedirem os não-associados  a não transportar os milhares de cidadãos que, para cumprirem com as suas obrigações, se viram obrigados a fazer longos percursos a pé.

Notícias dão conta de que foram observadas infiltrações de jovens sem ligação ao sector dos transportes que se juntarem aos taxistas, dando maior vigor à acção, nomeadamente na queima de pneus e colocação de objectos nas vias para impedir a circulação rodoviária.

Diante da situação e para fazer conter os desmandos, dezenas de elementos da Polícia Nacional e de Intervenção Rápida (PIR) foram deslocados para os respectivos pontos em que se registavam os distúrbios, nomedamente no Bnefica, Viana e Cacuaco, onde milhares de populares aproveitaram a paralisação dos taxistas para protestarem, com violência indescritível.

Entretanto, os protestos violentos foram despoletados depois do anúncio do regresso à lotação a 100% dos transportes colectivos urbanos, interurbanos e interprovinciais, feito na sexta-feira pelo ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Furtado, que autoriza os transportes a circular com a capacidade máxima de ocupação, desde que exijam aos passageiros o cumprimento das medidas de biossegurança, nomeadamente o uso da máscara facial e a apresentação do certificado de vacinação.

Porém, a Associação Nova Aliança dos Taxistas de Angola (ANATA), as três associações que convocaram a greve (ANATA, Associação dos Taxistas de Angola e Associação dos Taxistas de Luanda), em comunicado, exigem mais garantias para desmobilizar o protesto.

Entre as restantes reivindicações constam o desrespeito e excesso de zelo dos agentes policiais contra os taxistas na via pública; não materialização da profissionalização da actividade; proibição de acesso dos táxis “azul-branco” (transportes colectivos) em algumas artérias da província de Luanda; mau estado das vias; responsabilização dos motorista por uso incorreto de máscaras por parte dos passageiros; bem como a falta de respeito e consideração de alguns governantes contra os líderes das associações de taxistas.

Na mesma esteira, as associações de taxistas acusam a TV Zimbo de ter feito um jornalismo sensacionalista, ao ter anunciado a suspensão da paralisação, ouvindo apenas os representantes da Comissão Multissectorial de combate contra a Covid-19.

Assim sendo, desafiam a referida estação televisiva e os demais órgãos de comunicação social públicos, também tidos como influentes nesta disseminação da informação a ouvirem os organizadores da mesma greve, garantindo assim o contraditório. JK

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