O fim – de – semana foi trágico no bairro do Capalanga, município de Viana, em Luanda, onde cinco jovens foram mortos em circunstâncias ainda em investigação. Num vídeo que viralizou nas redes sociais, os corpos aparecem estendidos no chão ensanguentados, com vestígios de terem sido alvejados por arma de fogo
As circunstâncias da morte dos cinco jovens, sábado (15), no bairro do Capalanga, município de Viana, povíncia de Luanda, está a ser investigada pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC), cujos investigadores criminais e peritos de campo do Laboratório Central de Criminalística, deslocaram-se ao local da ocorrência e procederam a remoção dos cadáveres, sendo que, três deles foram encontrados com armas de fogo do tipo pistola.
De acordo com declarações à comunicação social, domingo (16), do porta-voz da direcção – geral do SIC, Manuel Halaiwa, “o SIC pede a todos os cidadãos serenidade e colaboração para o urgente esclarecimento desse acontecimento”, apelou o superintendente de investigação criminal.
Perante tão relevante facto, o SIC instaurou o competente procedimento investigativo para apurar as circunstâncias em que ocorreram as respectivas mortes.
Todavia, segundo populares no Capalanga, os cinco jovens, agora mortos, eram vistos como elementos “altamente perigosos” e a sua morte pode ter sido ocasionada por “ajuste de contas” entre gangues rivais que abundam na zona.
Os cidadãos referem que, nos últimos tempos, os bairros da Caop A, B e C, e o Capalanga, estão infestados por grupos de delinquentes que cometem todo o tipo de crimes, desde assaltos na via pública em pleno dia, assaltos à residências e cantinas, espancamentos e violações, sendo que os meliantes, de grupos rivais, também se defrontam publicamente, fazendo uso de armas de fogo e armas brancas como catanas, facas e barras de ferro e outros, pondo em perigo os transeuntes e moradores, sem que a polícia tenha punho para enfrentá-los.
“Muitas vezes a polícia aparece, até patrulheiros, mas não conseguem conter a fúria dos meliantes e acabam por retirar-se sem fazer nada e com isso quem paga são os pacatos cidadãos”, conta uma cidadã que disse já ter sido assaltada e ficou sem o telemóvel e dinheiro das vendas do dia, já que a mesma é vendedora ambulante. “Fui ameaçada por três elementos com facas quando voltava para casa por volta das 17 horas e tive que entregar tudo o que pediram o telefone e o dinheiro”, explicou a cidadã.
Os moradores apelam à Polícia Nacional e ao SIC, para não pouparem esforços para restabelecer a ordem e a tranquilidade públicas naqueles bairros de Viana, entre outros, pois a insegurança dos moradores aumenta a cada dia. ME