Início Sociedade PROVÍNCIA DO HUAMBO SEM REGISTO DE CASOS DE CÓLERA HÁ QUATRO DIAS: INTENSIFICAÇÃO DAS ACÇÕES EMERGENCIAIS ESTÃO A SURTIR EFEITOS POSITIVOS

PROVÍNCIA DO HUAMBO SEM REGISTO DE CASOS DE CÓLERA HÁ QUATRO DIAS: INTENSIFICAÇÃO DAS ACÇÕES EMERGENCIAIS ESTÃO A SURTIR EFEITOS POSITIVOS

por Editor

A situação epidemiológica da cólera no município do Huambo está controlada, numa altura em que as autoridades sanitárias lançaram novas medidas de combate à doença, em função do número de casos que a província vizinha de Benguela tem registado.

A intensificação das acções emergenciais de resposta ao surto de cólera, orientada pela Comissão Interministerial de Combate à Cólera, com base nas orientações precisas do Presidente da República, João Lourenço, tendo em atenção a necessidade de se travar quanto antes o risco de expansão da doença para outras regiões, visando a erradicação total da doença no país, estão a surtir efeitos na província do Huambo.


Durante a apresentação do ponto de situação do Plano de Resposta Rápida Contra a Cólera, na IV Sessão Ordinária do Governo, orientada pelo governador da província, Pereira Alfredo, na quarta-feira, 01 de maio, foi confirmada pelo director municipal da Saúde do Huambo, Miguel Balaca, que a situação epidemiológica naquele município está controlada.


O Grupo Técnico Multissectorial para o Tratamento das Fontes, Abastecimento e Monitorização da Qualidade de Água Potável, tem intensificado acções emergenciais de resposta ao surto de cólera em todo país e as autoridades sanitárias do Huambo estão a empenhar-se para que a província não esteja na lista das mais afectadas com a cólera.


Miguel Balaca disse que na província do Huambo foram registados 38 casos de cólera e um óbito, sendo que “nos últimos quatro dias o Huambo não notificou nenhuma ocorrência da doença, o que satisfez as autoridades sanitárias, porque a situação está controlada”, porém, “estamos preocupados com a província vizinha de Benguela, que actualmente é o epicentro da doença, por isso as atenções das autoridades sanitárias ficam viradas ao movimento permanente de passageiros que se deslocam desta localidade para o Huambo”, descreveu.


Para prevenir a situação, o diretor municipal da Saúde revelou que foram criados pontos de reidratação nos municípios limítrofes com a província de Benguela, com destaque para a comuna do Ussoque, no Londuimbali e no Chinjenje, por serem zonas de entrada para quem vem do litoral.


Os casos registados de cólera no Huambo, até ao mês passado, tinham ligações com Luanda, mas actualmente os últimos casos têm proveniência de Benguela, devido à proximidade territorial entre as duas províncias.


Para reforçar o combate, as autoridades locais contam com a ajuda da Polícia Nacional, para interpelar todos os automóveis, desde ligeiros a pesados, assim como de carga e passageiros, interrogar as pessoas sobre o seu estado de saúde e, caso haja alguém com diarreia e vómitos, deve ser acompanhado imediatamente às unidades de saúde mais próximas.


De acordo com o director da Saúde, foram tomadas medidas, em colaboração com a Direcção da Educação, para que antes das aulas se fale com os alunos sobre a cólera, com orientações sobre a lavagem das mãos e o uso de quartos de banho para fazer as necessidades.
“Essa medida tem surtido efeitos, porque as crianças são potenciais transmissores da cólera, e obedecem mais às orientações em relação aos adultos, por isso o diálogo com elas é permanente, para ajudar a cortar a cadeia de transmissão da doença na província”, considerou.


Nas suas acções pelas comunidades, o Grupo Técnico Multissectorial para o Tratamento das Fontes, Abastecimento e Monitorização da Qualidade de Água Potável, tem sensibilizado as populações, apelando à sua colaboração activa e incentivando o uso de água tratada, a correcta cloração doméstica, a fervura da água quando necessário, o uso da casa de banho ou latrina e a constante lavagem das mãos, sobretudo depois das necessidades fisiológicas. (J24 Horas)

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